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No dia 21 de novembro foi realizada, em Maringá/PR, a 1ª Jornada de Segurança Operacional. Vários assuntos foram tratados junto à audiência, dentre eles o uso do Safety Management System para o gerenciamento desta modalidade de risco natural do ambiente, abordado pelo Tenente-Coronel Aviador Henrique Rubens Balta de Oliveira, da Assessoria de Gerenciamento de Risco de Fauna do CENIPA.

O objetivo foi trazer aos participantes a certeza de que o tipo de incidente mais repetitivo na aviação mundial não pode ser solucionado com ação única, uma vez que as aves se deslocam entre fontes de alimento, água e abrigo, que podem estar dentro ou fora dos aeródromos.

Assim, o nível aceitável de risco deve ser alcançado com processo contínuo e integrado de operadores de aeródromos, de aeronaves e de controle de tráfego aéreo, para reduzir a quantidade de animais nas trajetórias das aeronaves. Em especial, dentro dos aeródromos, onde deve ser criado um ‘ambiente de medo', de maneira a evitar que as aves escolham o ambiente para descanso e até mesmo sobrevoo.

Em relação à fauna terrestre, o melhor custo-benefício é alcançado com o isolamento da área de operação de aeronaves, como descrito na Divulgação Operacional que trata de cercamento eficiente para dificultar o acesso por animais que não voam.

A quantidade de colisões reportadas no Brasil continua a crescer, indicando que cada vez mais os profissionais da aviação devem perceber que quantidade de colisões não representa risco, mas tão somente melhora na cultura de segurança da organização. Esta condição foi ratificada pela Agência Nacional de Aviação Civil quando da publicação da metodologia de avaliação de risco (IS 164-001), que considera outros parâmetros e não a simples quantidade de reportes. O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) também publicou metodologia de classificação de espécies para a autorização de ações de manejo por meio da Resolução 466/2015, indicando como fonte o banco de dados nacional gerido pelo CENIPA, esta nova realidade ratifica a importância de reportar colisões, quase colisões e avistamentos via Ficha Cenipa 15.

Segundo o Tenente-Coronel Rubens, “ainda existe um longo caminho para integrar ações dos integrantes do setor aéreo, pois os custos de colisões são sentidos pelos operadores de aeronaves, enquanto grande parte das ações de controle deve ser capitaneada pelos operadores de aeródromos”.

Existem bons exemplos mostrando este processo, desde a identificação de perigos até o controle dos riscos, como indicado no ACRP Report 145.

Afinal, a redução da presença de fauna na pista do aeródromo significa redução na probabilidade de colisões, sem esquecer que os atrativos fora dos muros influenciam nos deslocamentos das aves entre fontes de alimento, água e abrigo. Portanto, mesmo colisões dentro de um aeródromo podem ter sido causadas por atrativos na área de responsabilidade do poder público municipal.

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