O Hospital de Aeronáutica de Belém (HABE) realizou no mês de julho o CINE CAIS, com a exibição do filme “COMO NOSSOS PAIS”. O evento teve como estratégia utilizar esta ferramenta cinematográfica para ilustrar a problematização dos enfrentamentos da maternidade em seu campo integral. O público alvo foi composto por gestantes, puérperas, parceiros, familiares e demais interessados na temática. No total, estiveram no evento cerca de 20 participantes, entre usuários do HABE e profissionais de saúde pertencentes ao Centro de Atenção Integral à Saúde (CAIS) do hospital.
O filme é um recorte ficcional de uma realidade cotidiana, onde a mulher moderna, que tem que ser filha, esposa, mãe e profissional,enfrenta inúmeras situações e se percebe numa condição em que não sabe como desempenhar todos esses papéis de forma satisfatória. A narrativa também retrata a intrínseca relação do ser adulto com a sua criação, vinculando os valores que foram passados no decorrer da vida, bem como a identidade adquirida a partir do momento em que as personas sociais são descobertas. Dessa forma, a complexidade das relações como os interesses pessoais e as responsabilidades familiares, no âmbito da maternidade, encontram-se de maneira conflituosa, pois os papéis das mulheres estabelecidos na sociedade estão em condições totalmente desiguais quando comparadas aos homens.
Após a explanação do filme, a psicóloga materno-infantil, Ingrid Fernandes de Oliveira, convidada para palestrar sobre a temática, realizou apontamentos significativos, provocando uma reflexão contextualizada de modo a fomentar o conhecimento frente ao assunto central. O Aspirante médico Heyder Calderaro Martins Filho, 24 anos, compartilhou que está a espera do primeiro filho e que o depoimento da psicóloga foi extremamente enriquecedor. “Eu me identifiquei com o relato pessoal da Ingrid em compartilhar uma experiência que ela teve durante a gestação, na qual ela era muito nova e se deparou com algumas desinformações. Isso certamente irá me ajudar a me preparar para a chegada da minha primeira filha, como também levarei para a minha prática clínica, na qual poderei ter uma conversa muito mais produtiva do ponto de vista médico, psicológico e social, com as minhas futuras pacientes que possam comparecer no consultório desejando engravidar ou já gestantes”, afirmou o Asp Calderaro.
Essa iniciativa do CAIS proporcionou a aproximação dos usuários diante de um assunto poucas vezes debatidos, embora tão habitual, estimulando o pensamento crítico, o entendimento dos papéis a serem desenvolvidos, o fortalecimento da rede de apoio familiar, assim como o vínculo com o serviço de saúde, uma vez que esse apresenta-se acessível e solidário.
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