O 1º Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) é a unidade do DECEA apta a transportar, instalar e operar escalões avançados de operações aerotáticas com infraestruturas de telecomunicação aeronáutica e controle aéreo em qualquer lugar do País.

Na CRUZEX 2018, seus cinco esquadrões foram mobilizados para ampliar a cobertura radar, aumentar a capacidade de comunicação entre as aeronaves, viabilizar a avaliação das manobras em tempo real, entre outras aplicações.

Saiba mais no vídeo.

Esta edição do programa FABTV traz informações sobre o treinamento inédito de Guerra Não Convencional na CRUZEX 2018. Este é um cenário mais próximo da realidade das missões da ONU. O programa também traz muitas imagens do exercício operacional.

Assista!

Com o encerramento das atividades da CRUZEX 2018, na tarde desta sexta (30), começa o processo de desmobilização dos meios que foram transportados até a Ala 10, em Natal (RN), para dar suporte ao exercício. Todo o processo realizado para o início do treinamento precisa ser repetido agora.

Segundo o Coronel Sandro Lúcio Santana, responsável pela célula de manutenção do exercício, a logística foi dividida entre os modais terrestre, que transportou a maior parte da carga; e o aéreo. “Seguindo os preceitos da Reestruturação por que passa a Força Aérea, avaliamos a forma que trouxesse maior eficiência e economicidade”, disse ele, que atua na Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico (DIRMAB), subordinada ao Comando-Geral de Apoio (COMGAP).

Os números da mobilização devem ser repetidos na desmobilização. No modal terrestre, o Centro de Transporte Logístico da Aeronáutica (CTLA) deve empregar 18 carretas para transportar uma carga de 450 toneladas. O Centro também ficou responsável pelo desembaraço alfandegário das comitivas estrangeiras e está atuando nos embarques e desembarques. Já no modal aéreo, serão empregadas 15 aeronaves de transporte. Entre mobilização e desmobilização, será em torno de 640 horas de voo. Por via aérea, são mais 150 toneladas de carga, somando 600.

Reportagem: Tenente Gabrielli

Foi realizada, na tarde desta quinta-feira (29), uma cerimônia de breveteção de paraquedistas brasileiros e canadenses na CRUZEX 2018. Mais de 100 militares da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira receberam distintivos de paraquedistas canadenses honorários por terem saltado de aeronaves daquele país.

Na mesma solenidade, militares canadenses receberam os brevês de paraquedistas honorários brasileiros por terem realizado saltos de aeronaves da FAB.

“Esta troca de brevês já é tradicional e começamos a pensar nisso assim que soubemos da presença de Forças amigas durante o Exercício Cruzeiro do Sul”, explicou o Coronel Davi Agnello de Araújo, do Exército Brasileiro.

O Diretor da CRUZEX 2018, Brigadeiro Medeiros, e o Chefe da Divisão de Controle do Exercício, Coronel Antunes, participaram da cerimônia, na qual os presentes entoaram a “Canção Eterno Heroi”, uma homenagem aos paraquedistas.

Durante o evento, foi lida uma explicação sobre o significado dos brevês: “Os distintivos de paraquedistas são um exemplo de elevado significado e prestígio comum a todas as unidades militares capazes de realizar um envolvimento vertical. Assemelham-se internacionalmente por apresentar dois elementos unificadores, o calote dos paraquedas e as asas de prata. O breve do paraquedista militar honorário brasileiro foi criado com o objetivo de estreitar os laços de cooperação entre as forças armadas de nações amigas, tendo amparo no Artigo 87 das Normas Gerais de Ações Aeroterrestres, que prevê que o brevê e o diploma de paraquedista militar brasileiro honorário serão concedidos ao militar estrangeiro que realizar pelo menos um salto de aeronave militar brasileira em voo, em missão junto a tropas da Brigada de Infantaria Paraquedista. O artigo tipifica uma tradição paraquedista militar a nível mundial”.

Texto: Tenente Emília Maria

Fotos: Sargento Marcella Perez

Durante a CRUZEX 2018, 45 militares da Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI) e dos Centros de Computação da Aeronáutica (CCA) foram responsáveis pelos serviços prestados a mais de 2000 usuários. Para isso, foram utilizados 8 servidores, 40 switches, 140 Laptops, 8 Impressoras e um quilômetro de fibra óptica.

O chefe da equipe de TI do Exercício, Major Engenheiro Érico Asano de Mello, explica que foram montadas duas redes fisicamente segregadas, sendo uma interna e dedicada aos serviços da rede CRUZEX e outra específica para trafegar videoconferência e telefonia com a área operacional. “Para montagem da rede da videoconferência houve um trabalho conjunto entre DTI e Grupo de Comunicações e Controle para integrar os meios empregados na rede local com os equipamentos de comunicação via satélite”, relata o Major.

“Já a rede CRUZEX, segregada de qualquer outra rede, foi utilizada por nacionais e estrangeiros para gerenciar as informações do exercício. A rede contou com aproximadamente 140 computadores e basicamente foram disponibilizados serviços de correio eletrônico operacional, servidor de arquivos, impressão e o Sistema de Operações Militares”, complementa o Major Érico. Segundo ele, todas as informações geradas no exercício são armazenadas apenas nesses meios, gerando um histórico para futuros treinamentos. Para montar toda essa estrutura, foram necessários 9 dias.

“Para suporte às atividades fim do exercício, também foi disponibilizado acesso à internet de alta velocidade para os mais de 2000 usuários da operação, algo inédito em exercícios militares”, diz o Major. 

Para garantir segurança, disponibilidade de todos os sistemas empregados, também foi ativada uma célula de defesa cibernética, responsável por monitorar tanto o funcionamento de cada ativo da rede, quanto o tráfego de dados dos usuários, alertando imediatamente em caso de comportamento contrário à política de segurança da informação do exercício.

 

Saiba mais

O Sistema de Operações Militares é o elemento central de gerenciamento de informações do exercício. Nele é feito o gerenciamento de requisições e suporte (todos os pedidos de helpdesk de TI e Facilidades (alimentação, transporte, acomodação), bem como as requisições para a área operacional, como combustível, equipamentos de pista, fontes de energia para aeronaves, entre outros).  

Além disso, o site também é utilizado para produzir e disponibilizar relatórios operacionais, como segurança de voo, relatório de debriefing de missão, relatórios de planejamento e meteorologia por exemplo.

Com base nos dados inseridos, o sistema realiza rotinas de BI (Business Intelligence), ou seja, coleta, organiza e analisa os dados e produz relatórios gerenciais que ajudarão na tomada de decisão dos comandantes e no aprimoramento de exercícios futuros. É possível, por exemplo, visualizar o panorama completo das missões, identificar fase do voo ou as causas que geram mais incidentes ou insucesso das missões.

Na área logística também é possível gerar estatísticas de atendimento de helpdesk, solicitações de combustível, panes e equipamentos de pista. Só na área do helpdesk de TI e Facility Center foram atendidos mais de 1100 chamados. 

Fotos: Soldado Simplício

Na manhã desta quinta-feira (29/11), um grupo de idosos atendido regularmente pela Assessoria de Serviço Social da Guarnição de Aeronáutica de Natal esteve visitando a área onde ocorre o exercício CRUZEX 2018. Dentre os mais de 20 idosos, que são militares da reserva, estava o Cabo Reformado Raimundo Nonato de Lima, que esteve na Campanha da Itália durante a Segunda Guerra Mundial, como auxiliar de enfermagem.

O militar, que tem 99 anos e dois filhos que seguiram pelo mesmo caminho nas Forças Armadas, lembra que o cenário encontrado pelos brasileiros no conflito era de desespero. “Não tinha sossego e, ainda assim, não conseguíamos atender a todos. Para alguns feridos, não tinha o que fazer: só dar injeção para passar a dor”, relembrou. Sobre a visita, ele disse estar feliz por retornar à caserna. “Já vim em outras CRUZEX, mas todas com menos aviões. Essa aqui é recorde”, disse ele.

Outro militar da reserva que participou da visita foi o Suboficial Raimundo Braz. Aos 80 anos, ele terminou um mestrado sobre a participação do Brasil na Segunda Guerra. “Sempre me interessei por esse assunto porque ingressei na FAB como mecânico de aeronaves e o primeiro avião em que trabalhei foi o P-47 - aeronave que o Brasil operou na guerra”, disse.

Segundo a Chefe do Serviço Social, Tenente Camila Santiago, esse grupo de militares da reserva é acompanhado por meio de encontros periódicos, em que questões sobre a qualidade de vida dos idosos são tratadas. “Esses militares falam com muita saudade dos seus momentos na ativa. Trazê-los para cá durante a CRUZEX é uma forma de permitir que eles revivam essas memórias”, afirmou.

Reportagem: Tenente Gabrielli

Fotos: Sargento Marcella

Uma das muitas missões treinadas durante a CRUZEX 2018 foi o Reabastecimento em Voo (REVO), que garante o aumento da autonomia das aeronaves de caça, aspecto essencial durante um combate. Para saber mais sobre o Reabastecimento em Voo no exercício operacional, assista ao vídeo.

 

Novo equipamento de reabastecimento em vooKC-130H da FAB recebe novo pod de Reabastecimento em Voo

O Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV) executou, no período de 03 a 26 de outubro, a campanha de recebimento do novo pod (casulo) de reabastecimento em voo (REVO) da aeronave KC-130H, Hércules, para reabastecimento do F-5M em condições diurnas.

A campanha gerenciada pelo Coronel Aviador Carlos Afonso Mesquita de Araujo, do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), foi feita em três fases, realizadas na Ala 11, no Rio de Janeiro (RJ), e na Ala 2, em Anápolis (GO), e contou com uma equipagem de diversas organizações militares da Força Aérea Brasileira (FAB).

A primeira fase, ocorrida na Ala 11, consistiu em dois voos de ensaio para testes de extensão e recolhimento da mangueira do "pod", verificando também a estabilidade da cesta em várias condições de voo. Nessa etapa, foi feito o primeiro teste em voo da cesta de baixa velocidade, que futuramente possibilitará reabastecimentos em voo em helicópteros.

Ainda na cidade do Rio de Janeiro, a segunda fase consistiu em ensaios em solo para cheque de compatibilidade geométrica entre a válvula da mangueira e a probe (sonda) de reabastecimento do F-5M para teste de transferência de combustível da aeronave KC-130H 2461 para o F-5M.

Ensaio em solo do equipamentoJá a terceira fase, realizada em Anápolis, consistiu em três voos de ensaio, com duração média de três horas cada, para cheque de estabilidade da mangueira, da qualidade de voo associadas a cada conexão e desconexão e da transferência de combustível do KC-130H para a aeronave F-5M. Esses ensaios foram realizados em várias condições de voo representativas da missão de reabastecimento em voo.

O IPEV, representado pelos Pilotos de Prova Tenente-Coronel Aviador Thomas Werner Ahrens e Capitão Aviador Túlio Leonardo Bordignon, e pelos Engenheiros de Prova Tenente Engenheiro Fernando de Castro Assis e Tenente Engenheiro Maurício Correia Sales, realizou os testes específicos em solo e em voo, seguindo normas internacionais e o manual técnico do produto.

“A campanha foi fundamental para garantir a segurança operacional em missões em que se faz necessário o reabastecimento em voo, como a CRUZEX e outras missões dos diversos esquadrões de caça da Força Aérea Brasileira, os quais serão capazes de aumentar o alcance operacional de suas aeronaves”, destacou o Tenente Maurício.

No dia 28 de novembro, foi realizado o evento “Velhas Águias”, que é um reconhecimento aos valorosos serviços de oficiais que já trabalharam pela Força Aérea Brasileira (FAB).

O dia começou com uma apresentação sobre a CRUZEX 2018, feita pelo Chefe da Divisão de Controle do Exercício, Coronel Antunes, no auditório do Centro de Mídias e Visitantes. Foram recepcionados mais de 50 militares, sendo oficiais superiores e generais da reserva da FAB.  Na aula foi demonstrada a estrutura e organização do maior exercício operacional da América Latina.

Após o almoço, os participantes se dirigiram para a exposição histórica Trampolim da Vitória. Nessa exposição, montada no Aeroporto Augusto Severo, encontram-se materiais que contam a história da Base Aérea de Natal na Segunda Guerra Mundial, além de exposição de modelos de plastimodelismo e de fotos históricas de Alberto Santos-Dumont.

O Tenente-Brigadeiro Burnier, um dos idealizadores da primeira CRUZEX, considerou que houve evolução desde a primeira edição do evento. “Fiquei muito feliz com o que foi apresentado no briefing da CRUZEX 2018. Eu que idealizei e participei dos 5 primeiros Exercícios, pude reparar a evolução que foi muito grande, com novidades tecnológicas na área do modelo FLIGHT. Nós trouxemos essa ideia de um exercício feito na França. É uma satisfação poder ver a organização que é feita no exercício atualmente”, destacou o oficial-general.

Para o Diretor do exercício CRUZEX 2018, Brigadeiro do Ar Luiz Guilherme Silveira de Medeiros, o “Velhas Águias” é de suma importância. “Todos esses eventos são importantes porque muitos aqui idealizaram esse exercício, ou seja a Força Aérea deve a essas personalidades. Nós pudemos mostrar a evolução da FAB e, principalmente, de seus valores como instituição”, finalizou o diretor.

Texto: Tenente Roberto Mega

Fotos: Soldado Simplício

Com o objetivo de ajudar a garantir a segurança dos voos durante a CRUZEX 2018, cerca de 200 militares realizam, diariamente, uma varredura no pátio de aeronaves da Ala 10. A busca é por qualquer objeto que possa danificar os aviões. “Nós recolhemos qualquer coisa que possa ser ‘ingerida’ pela aeronave, por exemplo, frenos, que são restos de material de manutenção, como arames ou parafusos”, exemplifica o Tenente Aviador Bruno Dunhan, que estava na linha de varredura na manhã desta terça-feira (27).

O trabalho, mais conhecido no meio da aviação como “Cata FOD” (do inglês Foreign Object Damage ou Dano por Objeto Estranho) é uma das atividades de prevenção a incidentes e acidentes que ocorre não apenas durante o exercício operacional, conforme explica o Tenente-Coronel Aviador Fabio Baeta Freire, do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).

O oficial está participando da CRUZEX e ressalta que, durante o treinamento, a área de varredura é dividida em quatro partes e conta com a participação de todos os esquadrões presentes para que seja mais eficiente. Depois de coletados, os materiais são levados até a Célula de Segurança de Voo, onde os militares avaliam tudo. “Nós analisamos o que foi recolhido – e em que áreas – para tomar as providências necessárias. Por exemplo, se houver incidência maior em uma determinada região, vamos tomar medidas como fazer alertas de segurança e intensificar a limpeza no local”, relata.

O aspecto mais importante, segundo os militares da Célula de Segurança de Voo, é a participação de todos no processo de coleta. “Nosso objetivo no exercício é garantir o incremento da capacidade operacional e, para isso, precisamos ter segurança de voo. A grande quantidade de aeronaves envolvidas requer uma atenção ainda maior a possíveis riscos”, completa o Tenente-coronel Baeta.

Texto: Tenente Emília Maria

Fotos: Sargento Bianca Viol

Para que as mais de 1200 horas de voo previstas para a CRUZEX 2018 aconteçam, as aeronaves e equipamentos de voo precisam estar sempre em condições de cumprir as missões determinadas. Nesse aspecto, o papel dos mecânicos é fundamental: são eles que garantem a disponibilidade dos meios aéreos.
Na seção de Equipamento de Voo, por exemplo, os militares são responsáveis pela manutenção de itens como capacetes, coletes, máscaras e traje antigravidade, além dos kits de sobrevivência e paraquedas do assento ejetável.
Já os mecânicos de aeronave precisam verificar diversos aspectos antes de cada decolagem e depois de cada pouso. “Ainda que não haja nenhum problema com o avião, precisamos fazer reabastecimento de combustível e de munição, então sempre vai haver o trabalho da manutenção antes e após o voo”, explica o Suboficial Horlister. Ele é o responsável por distribuir as aeronaves de caça F-5M para cada voo, de acordo com o que está determinada para a missão.
Assista ao vídeo e saiba mais sobre o trabalho de manutenção de aeronaves.

Acesse o Flickr da FAB ou a aba Downloads para mais imagens.

Texto: Tenente Emília Maria

Fotos: Sargentos Johnson Barros , Marcella Perez e  Carlos Eduardo

 

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