O Presidente da Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), Major-Brigadeiro do Ar Luiz Fernando de Aguiar, e o Chefe da Assessoria Parlamentar e de Relações Institucionais (ASPAER), Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, se reuniram, nesta terça-feira (20/11), com deputados e senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) para tratar de questões relacionadas ao desenvolvimento de projetos do setor aeroespacial brasileiro. O encontro ocorreu durante almoço realizado na sede da FPA, em Brasília (DF), e contou com a participação de representantes de cooperativas, associações, sindicatos e confederações defensoras do agronegócio.
Durante a reunião, o presidente da CCISE apresentou projetos desenvolvidos dentro da Estratégia Nacional de Defesa, relacionados à operação e ao monitoramento de satélites no país. “Todos têm população, espaço territorial e Produto Interno Bruto inferiores aos do Brasil e, mesmo assim, possuem satélites próprios, controlados por eles. Enquanto nós ainda estamos tentando alavancar o uso do Centro de Lançamento de Alcântara. O país é muito grande para a gente pensar pequeno. Temos que pensar grande”, frisou.
O Major-Brigadeiro Aguiar compartilhou, também, avanços já conquistados por meio do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE), como a inauguração do Centro de Operações Espaciais Secundário (COPE-S) no Rio de Janeiro (RJ), nessa segunda-feira (19), e a atual construção do Centro de Operações Espaciais (COPE), em Brasília (DF).
Outro projeto destacado por ele foi o do Carponis-1. Ao defender o desenvolvimento do primeiro satélite de sensoriamento remoto de alta resolução, concebido por meio de uma parceria firmada entre o Ministério da Defesa e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o presidente da CCISE reforçou a importância do envolvimento do Ministério da Agricultura para a concepção do satélite.
Entre os principais benefícios que poderão ser obtidos por meio do Carponis-1, ligados ao agronegócio, foram apontados: apoio à gestão de desastres naturais; monitoramento do uso e ocupação de terras, da produção agrícola e do avanço de pragas; monitoramento de lavouras permanentes; acompanhamento de colheitas e apoio à implantação de políticas públicas.
“O projeto é uma realidade e temos certeza que esse satélite atende às demandas do agronegócio. O próximo passo é colocar os requisitos na praça para que possam ser licitados já no início de 2019. A ideia é que o satélite esteja em operação em 2021”, afirmou o oficial-general.
Nesse mesmo sentido, o Chefe da ASPAER aproveitou para lembrar que a Força Aérea Brasileira (FAB) necessitará do apoio financeiro dos Poderes Executivo e Legislativo. “Há a necessidade do compromisso de todos: Agricultura, Relações Exteriores, Meio Ambiente. Um novo horizonte se abre com a chegada de um novo governo e é importante que já se inicie com essa ideia na cabeça”, pontuou.
Ao falar sobre a parceria firmada com a FAB, o Chefe da Embrapa Territorial, Evaristo de Miranda, se mostrou confiante. “A esperança é que daqui a dois anos a gente consiga fazer o trabalho de monitoramento por meio de imagens para manter áreas destinadas à vegetação protegidas e preservadas já com tecnologia brasileira”, afirmou.
O Presidente em exercício da Embrapa, Celso Moretti, também reforçou o interesse em manter essa parceria. “É um instrumento estratégico para o país. Nós entendemos a importância dele para o segmento agro”, concluiu.
Veja como foi o encontro.
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