Brasília, 24/09/2018 - O Simpósio sobre tecnologia radar orbital para defesa & inteligência, reuniu na quinta-feira (20), militares e civis, com o intuito de debater os avanços tecnológicos e compartilhar conhecimento. O evento foi uma realização do Ministério da Defesa, da empresa italiana Telespazio e da Comissão de Coordenação de Implantação de Sistema Espaciais (CCISE).
O ministro, Joaquim Silva e Luna, proferiu a palestra de abertura do evento. Em sua fala, ele destacou a ocasião como uma chance de criar novas oportunidades, além de uma abertura de portas para a inovação e o progresso. “Nós, brasileiros, temos todo o interesse em participar dessa conversa”, afirmou.
Para Silva e Luna, mais do que um diferencial, o emprego de radares se tornou imprescindível, seja para a aplicação na meteorologia, na agricultura, na conservação da biodiversidade, na cartografia, na educação, na inteligência e, seguramente, na defesa. “Para o Brasil, com mais de 8,5 milhões Km², a quinta maior área-estado territorial do mundo, e com clima diversificado, um sistema de sensoriamento remoto radar se faz imprescindível em benefício de toda a sociedade brasileira”, destacou. O ministro estava acompanhado do comandante da Aeronáutica, Nivaldo Luiz Rossato.
Pese
Na ocasião, também esteve presente o vice-presidente da Comissão de Coordenação de Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), brigadeiro José Vagner Vital. Ele fez uma apresentação sobre o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (Pese), em que apontou a história, a estrutura e as atividade futuras. A partir de 2020, estão previstos os lançamentos de satélites como o Carponis, para sensoriamento remoto óptico do território nacional, o SGDC-2, o Atticora, artefato de órbita baixa para comunicação tática, e o Lessonia para sensoriamento remoto radar. “Se houver a cooperação e interesse comercial adequados, podemos antecipar alguns desses processos.
Cooperação
A Agência Espacial Italiana (ASI) também esteve no simpósio com o intuito de estreitar relações para futuras colaborações. Ela é considerada uma das maiores da Europa e do mundo.O órgão foi representado por Roberto Ibba. Na palestra que proferiu, expôs algumas das missões em que a Itália tem atuado em números. Ibba agradeceu a oportunidade de poder compartilhar as experiências do país dele. “Espero que nesse evento tenhamos ideias e sugestões para fortalecer esse campo espacial, com ampla cooperação entre Brasil e Itália”, alegou. Para reforçar a força italiana na área de tecnologia espacial, com o vice-diretor do III Reparto, general Fortunato Di Marzio, afirmou no evento que, atualmente, são 37 tropas italianas em 14 países.
Uma das realizadoras do evento foi a empresa italiana Telespazio. Ela opera do Brasil há mais de 20 anos e é controlada pela Telespazio - uma joint venture entre a Leonardo e a Thales - com sede no Rio de Janeiro, onde opera o seu principal teleporto, e escritórios regionais em São Paulo e Porto Alegre, é hoje uma das maiores operadoras brasileiras no setor das telecomunicações satelitais. Possui ampla oferta de soluções avançadas e soluções multimídias, e no setor de Observação da Terra via satélite, comercializando no Brasil, como representante da e-GEOS (Telespazio/ASI), os produtos da constelação satelital radar COSMO-SkyMed. O presidente da Leonardo do Brasil, Placido De Maio, foi o representante no evento. O diretor-presidente, Marzio Laurenti, entregou ao ministro Silva e Luna uma placa de agradecimento.
Fotos: Keven Cobalchini/MD
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