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Ser piloto da Esquadrilha da Fumaça é comumente um incentivador, com inúmeros relatos a respeito, para o ingresso na Força Aérea Brasileira. Quando o objetivo de ingressar no Esquadrão é atingido, mais uma importante etapa deve ser cumprida: o piloto volta  a ser aluno para realizar o curso de Piloto Operacional de Demonstração Aérea (PODA) para estar apto a realizar as manobras e acrobacias da Fumaça. Nesta semana, três novos pilotos concluíram esta importante etapa.

Desde o dia em que ingressa no Curso de Formação de Oficiais Aviadores na Academia da Força Aérea (AFA) até o dia em que atinge os requisitos necessários para se candidatar a piloto da equipe, passam-se ao menos dez anos. Por isso, todos os pilotos que ingressam na Esquadrilha da Fumaça possuem uma grande bagagem de experiência, advindos da aviação de caça, transporte e asas rotativas da Força Aérea Brasileira (FAB). O Capitão Alfonso Bittencourt, Tenente Vinícius Moreno e Tenente Leonardo Reis foram selecionados em 2018 e desde janeiro deste ano realizam o curso PODA, concluído nesta semana. A conclusão se dá por meio de um voo solo nas respectivas posições de voo (sem a presença do instrutor), juntamente com as outras seis aeronaves em um treinamento, na mesma sequência de manobras realizadas em uma demonstração.

O Tenente Moreno, que agora ocupa a posição de voo #6, afirma o sentimento de responsabilidade que a conclusão do curso carrega, pois, agora podendo demonstrar juntamente com a equipe, tem a responsabilidade de levar alegria ao público e elevar o nome da Força Aérea Brasileira. “É uma felicidade muito grande e um sentimento de responsabilidade ainda maior, levando o nome da FAB por todo o país e até mesmo para outros países”, afirma o piloto.

O curso PODA é dividido em 80 missões de voo, que se inicia com voos isolados para que o novo piloto se adapte ao voo à baixa altura e para que identifique as características do A-29 em voo acrobático. Passa pelo aprendizado e adaptação ao voo invertido (cabeça para baixo), que é uma marca registrada do Esquadrão, que executa várias manobras no dorso. Na sequência, inicia o aprendizado especificamente na sua posição de voo, voos em formatura com a realização de acrobacias e, por fim, o voo solo, com todas as aeronaves. Até a realização do solo, todos os voos são acompanhados pelo seu instrutor, que na maior parte do curso é o piloto que divide a mesma posição dentro da formação.

“Realizar o voo solo e concluir o PODA é uma sensação indescritível, resultado de um grande esforço, não só meu e da minha família, como de toda a equipe da Fumaça”, diz o Tenente Reis, novo piloto da posição #2, que afirma ter marcado a sua vida.

Assim que termina o seu último voo do curso, o piloto é recebido pelos seus colegas do Esquadrão e pelo seu instrutor de voo, que o entrega o cachecol, símbolo do piloto militar solo. “Representar a Força Aérea Brasileira é uma responsabilidade muito grande e fazer isso na Esquadrilha da Fumaça é a certeza de que estou carregando em meu trabalho o profissionalismo de gerações de pilotos que me antecederam nesta posição, fruto de um grande trabalho em equipe”, afirma o Capitão Bittencourt que, a partir de agora, realiza demonstrações na posição #4.

Os novos pilotos formados têm sua estreia prevista já para neste próximo final de semana. No dia 20/07, o capitão Bittencourt debuta na cidade de Tatuí/SP. No dia seguinte, a vez do Tenente Reis, em Sorocaba/SP. No final de semana seguinte, dia 27, na cidade de Jardinópolis/SP, será a vez de o Tenente Moreno realizar a sua primeira demonstração com a Esquadrilha da Fumaça.

O piloto tem uma permanência prevista de cinco anos na Esquadrilha da Fumaça, por isso, anualmente um a três pilotos deixam a equipe, abrindo as vagas para que novos sejam selecionados para comporem a equipe a partir do ano seguinte. Os novos pilotos que integrarão a Fumaça a partir de 2020 já foram selecionados e anunciados, e podem ser conhecidos nesta matéria publicada em maio.

  • Texto: Tenente Marcus Lemos
  • Fotos: Tenente Marcus Lemos e Suboficial Marco Ribeiro
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