1ºGCC: o DECEA nos bastidores da CRUZEX 2018

06 Dezembro 2018 by Portugues 1050 Views

O 1º Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) é a unidade do DECEA apta a transportar, instalar e operar escalões avançados de operações aerotáticas com infraestruturas de telecomunicação aeronáutica e controle aéreo em qualquer lugar do País.

Na CRUZEX 2018, seus cinco esquadrões foram mobilizados para ampliar a cobertura radar, aumentar a capacidade de comunicação entre as aeronaves, viabilizar a avaliação das manobras em tempo real, entre outras aplicações.

Saiba mais no vídeo.

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FABTV - Guerra Não Convencional na CRUZEX 2018

06 Dezembro 2018 by Portugues 1653 Views

Esta edição do programa FABTV traz informações sobre o treinamento inédito de Guerra Não Convencional na CRUZEX 2018. Este é um cenário mais próximo da realidade das missões da ONU. O programa também traz muitas imagens do exercício operacional.

Assista!

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Desmobilização da CRUZEX já começou; são quase 600 toneladas de carga, 18 carretas e 15 aeronaves envolvidas

30 Novembro 2018 by Portugues 1304 Views

Com o encerramento das atividades da CRUZEX 2018, na tarde desta sexta (30), começa o processo de desmobilização dos meios que foram transportados até a Ala 10, em Natal (RN), para dar suporte ao exercício. Todo o processo realizado para o início do treinamento precisa ser repetido agora.

Segundo o Coronel Sandro Lúcio Santana, responsável pela célula de manutenção do exercício, a logística foi dividida entre os modais terrestre, que transportou a maior parte da carga; e o aéreo. “Seguindo os preceitos da Reestruturação por que passa a Força Aérea, avaliamos a forma que trouxesse maior eficiência e economicidade”, disse ele, que atua na Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico (DIRMAB), subordinada ao Comando-Geral de Apoio (COMGAP).

Os números da mobilização devem ser repetidos na desmobilização. No modal terrestre, o Centro de Transporte Logístico da Aeronáutica (CTLA) deve empregar 18 carretas para transportar uma carga de 450 toneladas. O Centro também ficou responsável pelo desembaraço alfandegário das comitivas estrangeiras e está atuando nos embarques e desembarques. Já no modal aéreo, serão empregadas 15 aeronaves de transporte. Entre mobilização e desmobilização, será em torno de 640 horas de voo. Por via aérea, são mais 150 toneladas de carga, somando 600.

Reportagem: Tenente Gabrielli

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Paraquedistas brasileiros e canadenses participam de cerimônia de brevetação

29 Novembro 2018 by Portugues 5509 Views

Foi realizada, na tarde desta quinta-feira (29), uma cerimônia de breveteção de paraquedistas brasileiros e canadenses na CRUZEX 2018. Mais de 100 militares da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira receberam distintivos de paraquedistas canadenses honorários por terem saltado de aeronaves daquele país.

Na mesma solenidade, militares canadenses receberam os brevês de paraquedistas honorários brasileiros por terem realizado saltos de aeronaves da FAB.

“Esta troca de brevês já é tradicional e começamos a pensar nisso assim que soubemos da presença de Forças amigas durante o Exercício Cruzeiro do Sul”, explicou o Coronel Davi Agnello de Araújo, do Exército Brasileiro.

O Diretor da CRUZEX 2018, Brigadeiro Medeiros, e o Chefe da Divisão de Controle do Exercício, Coronel Antunes, participaram da cerimônia, na qual os presentes entoaram a “Canção Eterno Heroi”, uma homenagem aos paraquedistas.

Durante o evento, foi lida uma explicação sobre o significado dos brevês: “Os distintivos de paraquedistas são um exemplo de elevado significado e prestígio comum a todas as unidades militares capazes de realizar um envolvimento vertical. Assemelham-se internacionalmente por apresentar dois elementos unificadores, o calote dos paraquedas e as asas de prata. O breve do paraquedista militar honorário brasileiro foi criado com o objetivo de estreitar os laços de cooperação entre as forças armadas de nações amigas, tendo amparo no Artigo 87 das Normas Gerais de Ações Aeroterrestres, que prevê que o brevê e o diploma de paraquedista militar brasileiro honorário serão concedidos ao militar estrangeiro que realizar pelo menos um salto de aeronave militar brasileira em voo, em missão junto a tropas da Brigada de Infantaria Paraquedista. O artigo tipifica uma tradição paraquedista militar a nível mundial”.

Texto: Tenente Emília Maria

Fotos: Sargento Marcella Perez

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Tecnologia da Informação no apoio à CRUZEX 2018

29 Novembro 2018 by Portugues 2581 Views

Durante a CRUZEX 2018, 45 militares da Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI) e dos Centros de Computação da Aeronáutica (CCA) foram responsáveis pelos serviços prestados a mais de 2000 usuários. Para isso, foram utilizados 8 servidores, 40 switches, 140 Laptops, 8 Impressoras e um quilômetro de fibra óptica.

O chefe da equipe de TI do Exercício, Major Engenheiro Érico Asano de Mello, explica que foram montadas duas redes fisicamente segregadas, sendo uma interna e dedicada aos serviços da rede CRUZEX e outra específica para trafegar videoconferência e telefonia com a área operacional. “Para montagem da rede da videoconferência houve um trabalho conjunto entre DTI e Grupo de Comunicações e Controle para integrar os meios empregados na rede local com os equipamentos de comunicação via satélite”, relata o Major.

“Já a rede CRUZEX, segregada de qualquer outra rede, foi utilizada por nacionais e estrangeiros para gerenciar as informações do exercício. A rede contou com aproximadamente 140 computadores e basicamente foram disponibilizados serviços de correio eletrônico operacional, servidor de arquivos, impressão e o Sistema de Operações Militares”, complementa o Major Érico. Segundo ele, todas as informações geradas no exercício são armazenadas apenas nesses meios, gerando um histórico para futuros treinamentos. Para montar toda essa estrutura, foram necessários 9 dias.

“Para suporte às atividades fim do exercício, também foi disponibilizado acesso à internet de alta velocidade para os mais de 2000 usuários da operação, algo inédito em exercícios militares”, diz o Major. 

Para garantir segurança, disponibilidade de todos os sistemas empregados, também foi ativada uma célula de defesa cibernética, responsável por monitorar tanto o funcionamento de cada ativo da rede, quanto o tráfego de dados dos usuários, alertando imediatamente em caso de comportamento contrário à política de segurança da informação do exercício.

 

Saiba mais

O Sistema de Operações Militares é o elemento central de gerenciamento de informações do exercício. Nele é feito o gerenciamento de requisições e suporte (todos os pedidos de helpdesk de TI e Facilidades (alimentação, transporte, acomodação), bem como as requisições para a área operacional, como combustível, equipamentos de pista, fontes de energia para aeronaves, entre outros).  

Além disso, o site também é utilizado para produzir e disponibilizar relatórios operacionais, como segurança de voo, relatório de debriefing de missão, relatórios de planejamento e meteorologia por exemplo.

Com base nos dados inseridos, o sistema realiza rotinas de BI (Business Intelligence), ou seja, coleta, organiza e analisa os dados e produz relatórios gerenciais que ajudarão na tomada de decisão dos comandantes e no aprimoramento de exercícios futuros. É possível, por exemplo, visualizar o panorama completo das missões, identificar fase do voo ou as causas que geram mais incidentes ou insucesso das missões.

Na área logística também é possível gerar estatísticas de atendimento de helpdesk, solicitações de combustível, panes e equipamentos de pista. Só na área do helpdesk de TI e Facility Center foram atendidos mais de 1100 chamados. 

Fotos: Soldado Simplício

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Veterano da Segunda Guerra visita CRUZEX

29 Novembro 2018 by Portugues 1714 Views

Na manhã desta quinta-feira (29/11), um grupo de idosos atendido regularmente pela Assessoria de Serviço Social da Guarnição de Aeronáutica de Natal esteve visitando a área onde ocorre o exercício CRUZEX 2018. Dentre os mais de 20 idosos, que são militares da reserva, estava o Cabo Reformado Raimundo Nonato de Lima, que esteve na Campanha da Itália durante a Segunda Guerra Mundial, como auxiliar de enfermagem.

O militar, que tem 99 anos e dois filhos que seguiram pelo mesmo caminho nas Forças Armadas, lembra que o cenário encontrado pelos brasileiros no conflito era de desespero. “Não tinha sossego e, ainda assim, não conseguíamos atender a todos. Para alguns feridos, não tinha o que fazer: só dar injeção para passar a dor”, relembrou. Sobre a visita, ele disse estar feliz por retornar à caserna. “Já vim em outras CRUZEX, mas todas com menos aviões. Essa aqui é recorde”, disse ele.

Outro militar da reserva que participou da visita foi o Suboficial Raimundo Braz. Aos 80 anos, ele terminou um mestrado sobre a participação do Brasil na Segunda Guerra. “Sempre me interessei por esse assunto porque ingressei na FAB como mecânico de aeronaves e o primeiro avião em que trabalhei foi o P-47 - aeronave que o Brasil operou na guerra”, disse.

Segundo a Chefe do Serviço Social, Tenente Camila Santiago, esse grupo de militares da reserva é acompanhado por meio de encontros periódicos, em que questões sobre a qualidade de vida dos idosos são tratadas. “Esses militares falam com muita saudade dos seus momentos na ativa. Trazê-los para cá durante a CRUZEX é uma forma de permitir que eles revivam essas memórias”, afirmou.

Reportagem: Tenente Gabrielli

Fotos: Sargento Marcella

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Missões de Reabastecimento em Voo na CRUZEX 2018

30 Novembro 2018 by Portugues 1550 Views

Uma das muitas missões treinadas durante a CRUZEX 2018 foi o Reabastecimento em Voo (REVO), que garante o aumento da autonomia das aeronaves de caça, aspecto essencial durante um combate. Para saber mais sobre o Reabastecimento em Voo no exercício operacional, assista ao vídeo.

 

Novo equipamento de reabastecimento em vooKC-130H da FAB recebe novo pod de Reabastecimento em Voo

O Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV) executou, no período de 03 a 26 de outubro, a campanha de recebimento do novo pod (casulo) de reabastecimento em voo (REVO) da aeronave KC-130H, Hércules, para reabastecimento do F-5M em condições diurnas.

A campanha gerenciada pelo Coronel Aviador Carlos Afonso Mesquita de Araujo, do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), foi feita em três fases, realizadas na Ala 11, no Rio de Janeiro (RJ), e na Ala 2, em Anápolis (GO), e contou com uma equipagem de diversas organizações militares da Força Aérea Brasileira (FAB).

A primeira fase, ocorrida na Ala 11, consistiu em dois voos de ensaio para testes de extensão e recolhimento da mangueira do "pod", verificando também a estabilidade da cesta em várias condições de voo. Nessa etapa, foi feito o primeiro teste em voo da cesta de baixa velocidade, que futuramente possibilitará reabastecimentos em voo em helicópteros.

Ainda na cidade do Rio de Janeiro, a segunda fase consistiu em ensaios em solo para cheque de compatibilidade geométrica entre a válvula da mangueira e a probe (sonda) de reabastecimento do F-5M para teste de transferência de combustível da aeronave KC-130H 2461 para o F-5M.

Ensaio em solo do equipamentoJá a terceira fase, realizada em Anápolis, consistiu em três voos de ensaio, com duração média de três horas cada, para cheque de estabilidade da mangueira, da qualidade de voo associadas a cada conexão e desconexão e da transferência de combustível do KC-130H para a aeronave F-5M. Esses ensaios foram realizados em várias condições de voo representativas da missão de reabastecimento em voo.

O IPEV, representado pelos Pilotos de Prova Tenente-Coronel Aviador Thomas Werner Ahrens e Capitão Aviador Túlio Leonardo Bordignon, e pelos Engenheiros de Prova Tenente Engenheiro Fernando de Castro Assis e Tenente Engenheiro Maurício Correia Sales, realizou os testes específicos em solo e em voo, seguindo normas internacionais e o manual técnico do produto.

“A campanha foi fundamental para garantir a segurança operacional em missões em que se faz necessário o reabastecimento em voo, como a CRUZEX e outras missões dos diversos esquadrões de caça da Força Aérea Brasileira, os quais serão capazes de aumentar o alcance operacional de suas aeronaves”, destacou o Tenente Maurício.

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CRUZEX 2018 recebe visita das “Velhas águias”

28 Novembro 2018 by Portugues 2150 Views

No dia 28 de novembro, foi realizado o evento “Velhas Águias”, que é um reconhecimento aos valorosos serviços de oficiais que já trabalharam pela Força Aérea Brasileira (FAB).

O dia começou com uma apresentação sobre a CRUZEX 2018, feita pelo Chefe da Divisão de Controle do Exercício, Coronel Antunes, no auditório do Centro de Mídias e Visitantes. Foram recepcionados mais de 50 militares, sendo oficiais superiores e generais da reserva da FAB.  Na aula foi demonstrada a estrutura e organização do maior exercício operacional da América Latina.

Após o almoço, os participantes se dirigiram para a exposição histórica Trampolim da Vitória. Nessa exposição, montada no Aeroporto Augusto Severo, encontram-se materiais que contam a história da Base Aérea de Natal na Segunda Guerra Mundial, além de exposição de modelos de plastimodelismo e de fotos históricas de Alberto Santos-Dumont.

O Tenente-Brigadeiro Burnier, um dos idealizadores da primeira CRUZEX, considerou que houve evolução desde a primeira edição do evento. “Fiquei muito feliz com o que foi apresentado no briefing da CRUZEX 2018. Eu que idealizei e participei dos 5 primeiros Exercícios, pude reparar a evolução que foi muito grande, com novidades tecnológicas na área do modelo FLIGHT. Nós trouxemos essa ideia de um exercício feito na França. É uma satisfação poder ver a organização que é feita no exercício atualmente”, destacou o oficial-general.

Para o Diretor do exercício CRUZEX 2018, Brigadeiro do Ar Luiz Guilherme Silveira de Medeiros, o “Velhas Águias” é de suma importância. “Todos esses eventos são importantes porque muitos aqui idealizaram esse exercício, ou seja a Força Aérea deve a essas personalidades. Nós pudemos mostrar a evolução da FAB e, principalmente, de seus valores como instituição”, finalizou o diretor.

Texto: Tenente Roberto Mega

Fotos: Soldado Simplício

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Coleta de materiais no pátio de aeronaves colabora com segurança de voo na CRUZEX

27 Novembro 2018 by Portugues 2964 Views

Com o objetivo de ajudar a garantir a segurança dos voos durante a CRUZEX 2018, cerca de 200 militares realizam, diariamente, uma varredura no pátio de aeronaves da Ala 10. A busca é por qualquer objeto que possa danificar os aviões. “Nós recolhemos qualquer coisa que possa ser ‘ingerida’ pela aeronave, por exemplo, frenos, que são restos de material de manutenção, como arames ou parafusos”, exemplifica o Tenente Aviador Bruno Dunhan, que estava na linha de varredura na manhã desta terça-feira (27).

O trabalho, mais conhecido no meio da aviação como “Cata FOD” (do inglês Foreign Object Damage ou Dano por Objeto Estranho) é uma das atividades de prevenção a incidentes e acidentes que ocorre não apenas durante o exercício operacional, conforme explica o Tenente-Coronel Aviador Fabio Baeta Freire, do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).

O oficial está participando da CRUZEX e ressalta que, durante o treinamento, a área de varredura é dividida em quatro partes e conta com a participação de todos os esquadrões presentes para que seja mais eficiente. Depois de coletados, os materiais são levados até a Célula de Segurança de Voo, onde os militares avaliam tudo. “Nós analisamos o que foi recolhido – e em que áreas – para tomar as providências necessárias. Por exemplo, se houver incidência maior em uma determinada região, vamos tomar medidas como fazer alertas de segurança e intensificar a limpeza no local”, relata.

O aspecto mais importante, segundo os militares da Célula de Segurança de Voo, é a participação de todos no processo de coleta. “Nosso objetivo no exercício é garantir o incremento da capacidade operacional e, para isso, precisamos ter segurança de voo. A grande quantidade de aeronaves envolvidas requer uma atenção ainda maior a possíveis riscos”, completa o Tenente-coronel Baeta.

Texto: Tenente Emília Maria

Fotos: Sargento Bianca Viol

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Saiba como o trabalho da Manutenção é importante para as missões da CRUZEX 2018

26 Novembro 2018 by Portugues 1217 Views

Para que as mais de 1200 horas de voo previstas para a CRUZEX 2018 aconteçam, as aeronaves e equipamentos de voo precisam estar sempre em condições de cumprir as missões determinadas. Nesse aspecto, o papel dos mecânicos é fundamental: são eles que garantem a disponibilidade dos meios aéreos.
Na seção de Equipamento de Voo, por exemplo, os militares são responsáveis pela manutenção de itens como capacetes, coletes, máscaras e traje antigravidade, além dos kits de sobrevivência e paraquedas do assento ejetável.
Já os mecânicos de aeronave precisam verificar diversos aspectos antes de cada decolagem e depois de cada pouso. “Ainda que não haja nenhum problema com o avião, precisamos fazer reabastecimento de combustível e de munição, então sempre vai haver o trabalho da manutenção antes e após o voo”, explica o Suboficial Horlister. Ele é o responsável por distribuir as aeronaves de caça F-5M para cada voo, de acordo com o que está determinada para a missão.
Assista ao vídeo e saiba mais sobre o trabalho de manutenção de aeronaves.

Acesse o Flickr da FAB ou a aba Downloads para mais imagens.

Texto: Tenente Emília Maria

Fotos: Sargentos Johnson Barros , Marcella Perez e  Carlos Eduardo

 

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Entenda o papel dos observadores militares em um exercício como a CRUZEX

26 Novembro 2018 by Portugues 1871 Views

Além dos países que participam da CRUZEX 2018 com aeronaves e militares, outras seis nações enviaram representantes para atuar como observadores. São oficiais da Alemanha, Bolívia, Colômbia, Índia, Suécia e Venezuela que participam com o intuito de entender a dinâmica do exercício e levar conhecimento às suas Forças Aéreas.

Os indianos vieram para a CRUZEX pela primeira vez nesta edição. Segundo o Coronel Anurag Khurana, o país costuma participar de exercícios semelhantes em locais como Estados Unidos, Austrália e França. Para ele, que é piloto de caça, a participação da Força Aérea Indiana está focada em aprender e trocar experiências. O Coronel Anurag explica que já existem diversos acordos de cooperação mútua com o Brasil, como na área espacial, por exemplo, e a participação no exercício é mais um passo de aproximação. “Se olharmos a história da CRUZEX, vemos que os países quase sempre começam como observadores e, nas edições seguintes, incrementam sua participação, com delegações maiores e aeronaves”, diz.

Já os militares da Força Aérea Boliviana vieram ao Brasil em outras edições da CRUZEX, nessa mesma função. Os oficiais representantes explicam que o exercício é o maior da América do Sul e se trata de um momento importante para que os países do continente possam aprender a operar de uma mesma forma. Segundo o Major Neil Zubieta, o principal conhecimento buscado pelos colombianos é relativo à doutrina adotada no âmbito da OTAN.

“Nossa Força Aérea está em crescimento e, com isso, estamos em processo de implantação da doutrina OTAN. Por isso é importante participarmos e ver como os diferentes países operam dentro desse conceito”, afirma. Isso inclui, segundo ele, adquirir conhecimento sobre o cenário de guerra não convencional é um dos pontos mais importantes. “Nós iremos fazer um relatório sobre nossa participação e realizar um briefing para o Alto-Comando. Entre as sugestões que faremos, a principal é a absorção da doutrina OTAN em nossa operação, para podermos nos integrar e falar a mesma língua dos outros países”, avalia o Major Zubieta.

Reportagem: Tenente Gabrielli Dala Vechia

Foto: Sargento Bianca Viol

 

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CRUZEX 2018 abre visitação para comunidade

23 Novembro 2018 by Portugues 3537 Views

Na sexta-feira (22), cerca de 200 pessoas visitaram a Ala 10 para conhecer a unidade militar da Força Aérea Brasileira e acompanhar a movimentação de aeronaves que acontece durante o Cruzeiro do Sul Exercise – CRUZEX 2018.

As visitas são divididas por turnos e grupos de aproximadamente 70 pessoas. A atividade foi coordenada por militares que, ao longo do percurso, apresentaram a FAB, as formas de ingresso e algumas das aeronaves utilizadas na CRUZEX.

Pela manhã, alunos, pais e professores do Núcleo de Aprendizagem da Criança (NAC), de Natal (RN), estiveram na Ala. Para a mãe de uma das alunas, Beatriz Dias, a visita foi interessante porque agrega experiência. “Eu acredito que enriquece o conhecimento das crianças. É uma experiência única que pode despertar interesse e curiosidade pela área da aviação. Estou super feliz, pois também era um desejo meu conhecer as instalações”, comentou.

A visita despertou, principalmente nas crianças, a vontade de ingressar na FAB, como é o caso de Fernando Henrique de nove anos. “Estou pensando em entrar na Força Aérea Brasileira, meu sonho é ser Brigadeiro. Sempre achei interessante os modelos das aeronaves, o treinamento dos militares, inclusive tenho um almanaque com todas as aeronaves brasileiras”, explicou.

De acordo com o Tenente Roberto Mega Junior, da Ala 10, o treinamento proporciona a troca de experiências entre as Forças, já que reúne militares da Marinha, Exército e FAB, além de Forças de outros 12 países. “Por meio desse exercício, é possível treinarmos um resgate de um combatente em terras inimigas, por exemplo, sendo possível a simulação de um combate aéreo e reabastecimento em voo. Com isso, ganhamos a confiança, para no futuro, operar em missões da ONU”, ressaltou.

Até a próxima quinta-feira (29), a Ala 10 espera receber em torno de 2000 pessoas. As visitações foram previamente agendadas pelo site do treinamento, onde podia se inscrever qualquer interessado. A quantidade de visitantes foi definida de acordo com a disponibilidade de atendimento.

Conheça mais da Ala 10, antiga Base Aérea de Natal

Com mais de 70 anos de história, a Ala 10 serviu como base para as tropas americanas durante o período da Segunda Grande Guerra Mundial. Devido à fundamental importância para a vitória dos Aliados, tornou-se conhecida como o “Trampolim da Vitória”. Terminado o conflito, a Força Aérea Brasileira recebeu as instalações, que eram ocupadas pelos norte-americanos, e até os dias atuais dá apoio a outras Unidades e sedia diversos eventos, como Cruzeiro do Sul Exercise (CRUZEX).

 Texto: Estagiários de Jornalismo UnP - Aiça Gomes, Atarcilene Souza, Graciele Carvalho e Mac Millan

Fotos: Soldado Simplício

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Do solo, controladores e pilotos participam dos combates em voo da CRUZEX 2018 em tempo real

23 Novembro 2018 by Portugues 3131 Views

Células montadas em Recife (PE) realizam o controle do combate BVR; o controle de tráfego das aeronaves e a validação do emprego de armamento simulado durante o exercício

Embora o exercício CRUZEX 2018 esteja acontecendo na Ala 10, em Natal (RN), uma importante estrutura componente está funcionando junto ao Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III) em Recife (PE). Para atender às demandas do treinamento, foram acionadas células de onde são realizados o controle do combate BVR (sigla em inglês para “além do alcance visual”), o controle de tráfego das aeronaves e a validação do emprego simulado de armamento - o chamado Showtime.

Segundo ele, assim que a célula de Check in/Check out deixa as aeronaves no ponto inicial da área de combate, quem assume é o grupo de controladores de combate BVR, que também está atuando a partir do CINDACTA III.  “Como o piloto de caça visualiza apenas o que permite o seu radar, os controladores de solo são complemento essencial ao combate, pois eles têm acesso ao cenário como um todo e fornecem dados e coordenadas em tempo real à aeronave”, explica o Tenente-Coronel Edson.Uma das células acionadas para o exercício é o chamado Check in/Check out, de onde é feito o desconflito com os tráfegos civis e as aeronaves são colocadas em sequência para o pouso - atividade muito importante, devido à elevada quantidade de meios aéreos envolvidos nas Missões Aéreas Compostas - em torno de 60 de cada vez. Essa é a estrutura responsável, também, por encaminhar as aeronaves até o local onde vai acontecer o combate. É o que explica o Oficial Coordenador de Espaço Aéreo da CRUZEX 2018, Tenente-Coronel Edson Luiz Vieira Neto.

Já a atividade de Showtime acontece em tempo real toda a vez que há um combate entre caças e emprego simulado dos mísseis na CRUZEX. Nessas situações, um grupo formado por pilotos de caça com experiência em combate BVR - os chamados Range Training Officers - comunica às aeronaves que estão em voo se elas foram ou não abatidas. “Através da visualização radar e com o conhecimento de uma série de parâmetros de emprego, validamos, em tempo real, a eficácia ou não dos lançamentos mísseis e informamos ao piloto oponente se ele foi abatido”, explicou o Major Eduardo Gomes, do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), que está atuando na célula de Showtime da CRUZEX 2018.

Para aumentar a cobertura radar durante a CRUZEX 2018 e fornecer informações mais completas às células ativadas no CINDACTA III, o Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) da Força Aérea Brasileira mobilizou infraestrutura e radares para pontos estratégicos do território. Clique aqui e saiba mais.

 

Reportagem: Tenente Gabrielli Dala Vechia

Fotos: Soldado Álvaro / CINDACTA III

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Primeira Missão Aérea Composta do exercício reúne 59 aeronaves; veja o vídeo

22 Novembro 2018 by Portugues 1825 Views

O cenário de guerra convencional já começou a ser treinado na CRUZEX 2018. A primeira Composite Air Operation (COMAO), traduzida na doutrina brasileira como Missão Aérea Composta, compreendeu o voo de 59 aeronaves pertencentes a distintas aviações, envolvendo todos os países que estão participando do exercício com meios aéreos.

O primeiro Mission Commander, ou seja, o piloto responsável por planejar e coordenar toda a missão, foi o Major Felipe Scheer, do Esquadrão Poker (1º/10º GAV). Ele explica que a complexidade desse tipo de ação é a necessidade de alinhar ações entre doutrinas distintas, que variam de acordo com o país e o tipo de aeronave operada, com o intuito de cumprir um objetivo comum. Ele cita também o fato de que cada avião possui perfis de voo, velocidades e performances distintas e tudo isso precisa ser levado em consideração. “A responsabilidade e a complexidade de uma missão aumentam à medida que aumentam o tipo e número de aeronaves envolvidas”, disse

Após receber um documento chamado Ordem de Tarefa Aérea, onde constam todas as ações a serem executadas por cada player do COMAO, o Mission Commander tem apenas 24h para fazer a coordenação e realizar a primeira decolagem. Nesse ínterim, são duas reuniões - o initial coordination meeting e o final coordination meeting  - além de um briefing com todas as tripulações envolvidas, o chamado.

No COMAO, dezenas de aeronaves decolam em um curto espaço de tempo para cumprir ações de Força Aérea complementares, visando a um objetivo comum. Para se ter uma ideia, no primeiro COMAO da CRUZEX 2018, entre 9h50 e 10h34 decolaram todos os caças - um a cada três minutos. O espaço aéreo onde o treinamento acontece também é limitado, aumentando a complexidade e criando a necessidade de desconflitar as rotas.

Nesse cenário, acontece a simulação de um país que realiza ações ofensivas e outro país que está se defendendo. O grupo da defesa tem sido composto, na CRUZEX, por um número entre quatro e oito caças e um reabastecedor. Tão importante quanto o combate em si, é a coordenação entre as dezenas de aeronaves, com perfis distintos e doutrinas específicas, sempre priorizando a segurança de voo.

No primeiro COMAO da CRUZEX 2018, todos os países que participam do exercício com aeronaves - Canadá, França, Chile, Uruguai, Estados Unidos, Peru e Brasil - fizeram suas decolagens. Os caças A-1, A-29, A-4 e A-37 realizaram a missão de ataque; os caças F-16, F-5 e Mirage realizaram a missão de defesa aérea; a aeronave E-99 fez controle e alarme em voo e posto de comunicação no ar; os reabastecedores KC-130 e KC-135 fizeram reabastecimento em voo; os cargueiros C-130, CC-130J, C-105 e C-235 realizaram assalto aeroterrestre, neste caso, lançamento de carga. A aeronave A-1, equipada com o pod de reconhecimento, também realizou missão de reconhecimento aéreo, para analisar os danos causados pelos ataques.

Assista ao vídeo:

 

Reportagem: Tenente Gabrielli

Fotos: Sargentos Johnson Barros e Bianca Viol

 

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Barreira de retenção garante segurança de pousos dos caças

22 Novembro 2018 by Portugues 4789 Views

Para garantir a segurança das aeronaves de combate de todas as Forças Aéreas envolvidas no Cruzeiro do Sul Exercise – CRUZEX 2018, uma equipe do Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA-SP), da Força Aérea Brasileira (FAB),  instalou uma Barreira de Retenção, na configuração cabo, no final de uma das pistas da Ala 10. No início de novembro, o equipamento foi transportado por uma aeronave C-130 Hércules da Ala 2, em  Anápolis (GO), para Natal (RN).

As Barreiras de Retenção da FAB são empregadas para apoiar a operação de aeronaves de caça, e são dimensionadas para atender aos requisitos de velocidade desses aviões. Na CRUZEX 2018, estão em operação aeronaves de combate A-1, A-4, F-5M, F-16 e Mirage 2000, que podem utilizar as barreiras em caso de necessidade.

“Caso uma aeronave de combate não consiga reduzir sua velocidade no comprimento de pista disponível, por meios próprios, num pouso ou numa decolagem abortada, entra em ação a Barreira de Retenção, que realizará a parada segura da aeronave em situação de emergência”, explica o Tenente Engenheiro Mecânico Daniel Buch.

“Todo o trabalho, tanto de instalação, quanto de desinstalação, requer aproximadamente seis dias de trabalho, que pode ser dificultado pela exposição às condições climáticas inerentes ao trabalho em campo aberto”, aponta o Tenente Buch.

A instalação na Ala 10, no entanto, foi realizada em quatro dias, devido à estabilidade da meteorologia no local. “O quarto dia foi integralmente dedicado à realização de um procedimento conhecido como Proofloading, em que uma carga de aproximadamente 18.000 lbf (8.165 kgf) é aplicada nas fitas, que são os componentes que conectam o cabo ao sistema de frenagem”, explica o oficial.

O cabo é a interface que conecta a aeronave em emergência à Barreira de Retenção e o Proofloading é empregado para distender previamente as fitas, reduzindo seu efeito elástico. O procedimento serve também para avaliar o sistema de frenagem e a rigidez da instalação realizada. Instalados em ambas as laterais da pista, dois módulos de nove toneladas comportam roldanas que guardam a fita de 300 metros.

O Suboficial Wanderley Eleutério, um dos integrantes da equipe responsável pela barreira, conta que o sistema é verificado diariamente para garantir que esteja sempre em condições de uso. “Nós checamos o tensionamento do cabo, os sistemas de frenagem e hidráulica, as cargas de bateria e de nitrogênio e os motores”, enumera. “Nossa equipe é a primeira a chegar e a última a ir embora, pois precisamos deixar o sistema pronto para a chegada dos aviões e não o desinstalamos até o último caça decolar ao término do exercício”, completa.

Saiba mais

As Barreiras de Retenção são a combinação de um mecanismo de frenagem e um dispositivo de engajamento, que pode ser um cabo, uma rede ou, ainda, a combinação dos dois dispositivos. O cabo exige que a aeronave seja equipada com o gancho de arrasto, que se conecta ao cabo quando acionado. Já a rede permite o engajamento de aeronaves com ou sem o gancho de arrasto.

As Barreiras de Retenção ainda podem ser classificadas quanto ao seu modo de instalação como sendo fixas ou móveis, conhecidas como Barreiras de Retenção de campanha, que é o caso da instalada no Exercício CRUZEX. Elas não exigem fundações específicas para instalação e possuem sistemas que auxiliam na sua mobilidade, permitindo seu transporte nos diversos modais. Estes equipamentos são empregados quando há a necessidade de operar as aeronaves de combate em aeródromos não equipados com Barreiras de Retenção. Sua instalação é feita por meio da instalação de estacas numa configuração específica, que dependerá do solo e da forma de emprego do equipamento.

Já as Barreiras de Retenção fixas são empregadas em aeródromos da FAB onde são sediados os esquadrões que operam as aeronaves F-5M e A-1. São equipamentos que exigem uma fundação específica para sua instalação e não têm sistemas de mobilidade.

Reportagem: Tenente Emília Maria

Fotos: PAMA-SP e Sargento Johnson Barros

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Autoridades brasileiras e chilenas visitam Ala 10

21 Novembro 2018 by Portugues 889 Views

Autoridades brasileiras e chilenas estiveram na Ala 10, em Natal (RN), na terça e na quarta-feira (20 e 21), para acompanhar as atividades do Cruzeiro do Sul Exercise – CRUZEX 2018.

Na terça-feira, o Ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, esteve na área do treinamento acompanhado pelo Comandante da Força Aérea Brasileira, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, e pelo Comandante de Preparo (COMPREP), Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Egito do Amaral. Assista ao vídeo sobre a visita das autoridades brasileiras e o voo do Ministro da Defesa em um caça.

O Diretor do Exercício, Brigadeiro do Ar Luiz Guilherme Silveira de Medeiros, fez uma apresentação sobre o treinamento, na quarta-feira, às autoridades brasileiras e chilenas.

O Ministro da Defesa do Chile, Alberto Espina, e o Comandante da Força Aérea chilena, General del Aire Arturo Bernardo Merino Núñez, entre outros integrantes da comitiva, receberam informações sobre edições anteriores da CRUZEX, participantes, objetivos e cronologia. O Brigadeiro Medeiros ressaltou a participação da Força Aérea do Chile nos Exercícios de outros anos.

O oficial-general falou, ainda, sobre a participação, pela primeira vez, da Marinha e do Exército brasileiros no treinamento. Ele também destacou outra novidade: as ações que envolvem a guerra não convencional, ou seja, um combate das Forças Armadas contra forças insurgentes ou paramilitares e não entre dois Estados constituídos. Este é o perfil encontrado em missões de paz da ONU.

Após a apresentação, as autoridades visitaram as instalações do Exercício e acompanharam algumas das atividades realizadas pelos militares dos 13 países participantes.

Texto: Tenente Emília Maria

Fotos: Sargento Marcella Perez

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Assista ao vídeo e veja como foi o Media Flight

21 Novembro 2018 by Portugues 945 Views

 

 

A CRUZEX 2018 realizou, nesta terça (20), um media flight voltado para captação de imagens por profissionais de comunicação. Assista ao vídeo e veja como foi a atividade, que envolveu um voo de sete aeronaves de caça em formação.

Assista ao vídeo.

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Veja fotos de sete aeronaves de caça voando em formação durante o exercício

20 Novembro 2018 by Portugues 3147 Views

Veja como foi o voo de sete caças durante o exercício

Nesta terça-feira (20), a CRUZEX 2018 realizou um media flight - voo especial para captação de imagens por profissionais de comunicação. A bordo de um C-105 Amazonas e de um helicóptero H-36 Caracal, em torno de 40 fotógrafos e cinegrafistas puderam captar imagens do pátio de aeronaves da Ala 10 e de um esquadrão formado por sete caças.

Os caças estão participando do exercício. A formação foi composta por um A-1M, um F-5M e um A-4, todos brasileiros; dois F-16 - um chileno e um norte-americano; um A-37 uruguaio e um Mirage 2000 peruano.

Veja as fotos dos Sargentos Johnson Barros e Bianca Viol:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Parceria entre Universidade Potiguar e Força Aérea possibilita estágio de estudantes no exercício

20 Novembro 2018 by Portugues 1175 Views

Universitários dos cursos de Jornalismo, Produção Audiovisual e Publicidade e Propaganda vão estagiar na CRUZEX 2018

A Força Aérea Brasileira (FAB) fez uma parceria com a Universidade Potiguar, de Natal (RN), para possibilitar o estágio de estudantes da área de Comunicação Social na CRUZEX 2018. Durante o treinamento, treze universitários dos cursos de Produção Audiovisual, Jornalismo e Publicidade e Propaganda irão apoiar a produção de conteúdos, como matérias jornalísticas, infográficos, vídeos e podcasts, na cobertura do exercício. Os estudantes serão tutorados pelos profissionais do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), unidade responsável pela gestão dos processos comunicacionais na FAB, que montou uma célula para atender às demandas da CRUZEX.

Segundo o professor responsável pelos estagiários, Thiago Garcia, os alunos foram selecionados de acordo com seus interesses, perfis e aptidões. Para ele, a parceria promove o crescimento integrado dos alunos nos aspectos teórico e prático. O professor explica que o contato com o mercado de trabalho faz com que o estagiário desenvolva características, habilidades e competências relacionadas ao seu crescimento como cidadão e como profissional pautado na ética. "Acredito que eles irão desenvolver capacidade de relacionamento com os gestores de cada setor da CRUZEX, que é uma operação composta por processos, hierarquias, fluxos e sistemas, além da resiliência, dada a característica do exercício", avalia o professor.

Uma das estagiárias participantes, Ana Aiça Gomes da Costa, estudante do quarto período de Jornalismo, conta que o convite despertou grande interesse nas turmas. "É uma experiência totalmente nova, uma grande chance de nos enriquecer e crescer como profissionais. Minha expectativa é de que possa me engajar com dedicação e aprender tudo que puder sobre Jornalismo", afirma a estudante, que tem 19 anos.

De acordo com o Coronel Aviador Rodrigo Fontes de Almeida, do CECOMSAER, unidade responsável pelo acordo, essa não é a primeira vez que a CRUZEX absorve mão de obra dos estudantes de Comunicação Social. Para ele, trata-se de uma importante oportunidade de troca de conhecimento e de os estagiários aprenderem na prática, com um exercício operacional da magnitude da CRUZEX 2018. "O treinamento não envolve só um grande esforço aéreo, com mais de cem aeronaves, sendo trinta delas pertencentes a outras nações. Também envolve uma série de iniciativas nas áreas de Comunicação, com mais de 150 profissionais de imprensa participantes, além da necessidade de produção de conteúdo para serem divulgados em diversas plataformas. Para os estagiários e para nós, é uma grande oportunidade de crescimento", disse.

Texto: Tenente Gabrielli Dala Vechia

Fotos: Sargentos Bianca Viol e Marcela Perez

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FAB promove coletiva de imprensa durante Exercício CRUZEX 2018

19 Novembro 2018 by Ingles 736 Views

Cerca de 100 profissionais de imprensa e  de mídia especializada participaram, na manhã desta segunda-feira (19), de uma coletiva sobre o Cruzeiro do Sul Exercise - CRUZEX 2018. O Diretor do exercício, Brigadeiro do Ar Luiz Guilherme Silveira de Medeiros, apresentou os principais aspectos do treinamento e respondeu às perguntas dos presentes, acompanhado dos representantes de outros sete países participantes.

O oficial-general brasileiro falou sobre os objetivos, a estrutura e a programação da CRUZEX. “O objetivo principal é melhorar a interoperabilidade, tanto com Marinha e Exército Brasileiro, como em conjunto com as Forças estrangeiras. Por isso, precisamos treinar nossas equipagens de combate, ou seja, o pessoal em voo e em solo”, ressaltou.

O representante da Força Aérea do Chile, Major-General Leonardo Romanini Gutiérrez, destacou que o trabalho conjunto entre países já é constante. “Existe uma cooperação permanente entre nós, por meio do SICOFAA [Sistema de Cooperação entre as Forças Aéreas Americanas]. Este exercício serve justamente para treinarmos a interoperabilidade na prática”, disse. Para os militares canadenses, o fato de conhecer e trabalhar com outros países é importante em caso de necessidade de operações conjuntas. “Nossos governos entendem que é importante fazer vínculos profissionais e até mesmo pessoais para que, se necessário, possamos trabalhar de maneira melhor”, comentou o Oficial de Ligação da Força Aérea do Canadá, Major Eric Willrich.

O Comandante da Ala 149 – unidade dos Estados Unidos que participa do exercício – , Coronel Raul Rosario, agradeceu o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) desde o planejamento da CRUZEX 2018 e também falou sobre o objetivo do treinamento. “O principal é operarmos juntos, como iguais, fazendo isso de forma segura e aumentando nosso nível de preparo e prontidão”, declarou.

Reportagem: Tenente Emília Maria 

Fotos: Sargento Bianca Viol

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CRUZEX - Exercício inicia com voos de familiarização e treinamento

19 Novembro 2018 by Portugues 1356 Views

Começaram as primeiras decolagens da CRUZEX 2018 no cenário FAM-FIT

Na manhã desta segunda-feira (19), iniciaram os voos do exercício CRUZEX 2018, no cenário FAM-FIT, sigla para Familiarization Flight (FAM) e Forces Integration Training (FIT). Essa etapa inicial é imprescindível para que  os cenários principais, de guerra regular, que serão treinados por meio dos Composite Air Operations (COMAO), e de guerra irregular sejam executados.

“Os primeiros dois dias do exercício são para que todos os pilotos que não operam aqui em Natal, inclusive os brasileiros, possam se adaptar ao aeródromo e à região”, disse o Chefe da Divisão de Controle da CRUZEX, Coronel Aviador Francisco Bento Antunes Neto.

Já o FIT é uma preparação para o COMAO - também conhecido como voo de pacote, em que várias aeronaves, em torno de 50, de diferentes tipos, decolam em sequência para, em um espaço-tempo limitado, realizar ações visando a um objetivo principal. No FIT, há um desmembramento do que, no COMAO, acontece de forma integrada. Aeronaves de caça e transporte, por exemplo, realizam suas missões de forma isolada, para que estejam prontos a atuar em conjunto nos voos de pacote - que começam na quarta (20).  

Ao contrário do FAM, que acontece apenas nos dois primeiros dias, o FIT segue ao longo dos exercício sendo realizado no período da tarde.

O primeiro voo de FAM foi realizado pelo Esquadrão Jambock (1o GAVCA), que opera os F-5M brasileiros, em conjunto com os caças F-16 chilenos. Segundo o Major Aviador Miguel, do Esquadrão Jambock, foram dois caças de cada país, realizando um voo de navegação em circuito pré-planejado. “Esses voos são importantes para familiarizar os pilotos brasileiros e estrangeiros com os procedimentos de solo, frequência de comunicação, procedimentos de decolagem e pouso, características de operação na região e com o cenário do exercício”, disse o Major Miguel.

Reportagem: Tenente Gabrielli Dala Vechia

Fotos: Sargento Bianca Viol

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CRUZEX 2018 iniciou neste domingo (18) em Natal (RN)

18 Novembro 2018 by Portugues 2856 Views
Treinamento reúne 13 países e acontece até o dia 30 de novembro
 

A abertura do Cruzeiro do Sul ExerciseCRUZEX 2018 – foi realizada neste domingo (18), com um briefing geral e a fotografia oficial, que reuniu quase 2000 militares brasileiros e estrangeiros, além de alguns dos meios aéreos que participam do Exercício organizado pela Força Aérea Brasileira.

O Diretor do Exercício, Brigadeiro do Ar Luiz Guilherme Silveira de Medeiros, ressalta que a prioridade é manter a segurança durante as operações.O oficial-general também destaca a importância do intercâmbio de conhecimentos. “Essa troca de experiências é essencial para que a Força atinja um nível de treinamento adequado. A CRUZEX também é importante pela interoperabilidade que proporciona: nesta edição, Exército e Marinha estarão participando, inclusive nas ações de guerra não convencional, que é uma das principais novidades da edição deste ano”, diz.

 O cenário de guerra não convencional, citado pelo Diretor, é referente a um combate das Forças Armadas contra forças insurgentes ou paramilitares e não entre dois Estados constituídos. Este é o perfil encontrado em missões de paz da ONU.

A CRUZEX é um Exercício Operacional multinacional promovido pela Força Aérea Brasileira (FAB) desde 2002, que visa ao treinamento conjunto de cenários de conflito, promovendo trocas de experiências entre os países participantes.

A edição deste ano acontece até o dia 30 de novembro, na Ala 10, em Natal (RN), e reúne 13 países, incluindo o Brasil, com cerca de 2000 militares e 100 aeronaves brasileiras e estrangeiras. Trata-se do maior treinamento conjunto e multinacional promovido pela FAB.

Texto: Tenente Emília Maria

Fotos: Sargentos Bianca Viol e Johnson Barros/CECOMSAER

 

 Assista ao vídeo:

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Cancelamento da participação do Reino Unido na CRUZEX 2018

17 Novembro 2018 by Portugues 849 Views

A Direção da CRUZEX 2018 informa que o Reino Unido, que iria participar como observador, cancelou a sua participação no Exercício.
Os demais países envolvidos prosseguirão na realização das atividades aéreas e todos os eventos programados estão mantidos.
A CRUZEX é o maior exercício de combate aéreo multinacional da América do Sul, com a participação de cerca de cem aeronaves e 1,7 mil militares do Brasil, Canadá, Chile, França, Peru, Uruguai, Estados Unidos, Bolívia, Índia, Suécia, Venezuela, Portugal e Alemanha.

 

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Às vésperas do treinamento, Diretor da CRUZEX 2018 dá detalhes do exercício

16 Novembro 2018 by Portugues 1034 Views

Brigadeiro Medeiros, Comandante da Ala 10 e Diretor da CRUZEX 2018, traz mais detalhes do exercício que começa no dia 18

Às vésperas do início da CRUZEX 2018, maior exercício multinacional e conjunto realizado pela Força Aérea Brasileira, o Diretor da manobra, Brigadeiro do Ar Luiz Guilherme Silveira de Medeiros, traz mais detalhes.

Qual etapa da CRUZEX está sendo executada neste momento?

Na quinta-feira, dia 15, já chegou uma aeronave de carga dos Estados Unidos, o C-17, mas que não participará do exercício. E as demais comitivas estrangeiras estão na iminência de chegar. Tudo conforme o planejamento. Os esquadrões brasileiros já estão pousando aqui na Ala 10. Hoje, sexta, iniciam os voos de familiarização neste aeródromo para os pilotos brasileiros que não costumam voar aqui, conhecidos como FAM-FIT, sigla para Familiarization and Integration Training.

Por que a CRUZEX é tão importante? Que tipo de ganhos operacionais a FAB espera desse treinamento?

O exercício é importante por três motivos. Primeiro, pelo intercâmbio de experiências. Em 2002, na primeira edição da CRUZEX, recebemos três países com meios aéreos e um país mandou observador militar. Hoje, temos sete países que irão trazer aeronaves, fora os observadores. Ou seja, a evolução é muito clara. Não é à toa que o número de interessados foi aumentando. Essa troca de experiências é essencial para que a Força atinja um nível de treinamento adequado. Em segundo lugar, a CRUZEX é importante pela interoperabilidade que proporciona: nesta edição, Exército e Marinha também estarão participando, inclusive nas ações de guerra não convencional, que é uma das principais novidades da edição deste ano. Nesse tipo de cenário, o conflito não acontece entre dois Estados constituídos, mas contra forças insurgentes. E, finalmente, o exercício é importante pela possibilidade de treinar os nossos meios logísticos-operacionais. Isso é essencial porque, na eventualidade de um conflito ou na eventualidade de o país ser deslocado, por exemplo, para atender a uma operação de paz, nós temos que ter essas expertises para executar.

O Sr. falou sobre a evolução entre a primeira edição do treinamento e a CRUZEX 2018. Poderia citar alguns exemplos de ganhos operacionais trazidos por esse exercício na Força Aérea ao longo dos anos?

São dois os mais importantes. A parte de Comando e Controle é um deles. Hoje, o Brasil já está muito desenvolvido e falando a mesma língua dos países da OTAN. Podemos trabalhar de forma integrada com essas nações. Outro aspecto é aquilo que chamamos de validação do tiro simulado, que é o shot validation, atividade que ocorre em exercícios como o Red Flag, da Força Aérea dos Estados Unidos. Não se trata apenas de atingir objetivos, mas avaliar resultados e verificar como ele está sendo atingido. Quando nós realizamos a simulação do emprego de armamento em um voo, somos capazes de avaliar o índice de desempenho operacional que nós atingimos. Se o emprego é real, é muito mais fácil de fazer essa verificação, de ver o armamento acertando o alvo; mas, no caso da simulação, é preciso utilizar sistemas de forma integrada.

Durante os treinamentos, haverá atividades que coloquem em uma mesma ação diferentes países?

Sim. Teremos reabastecimento em voo com aeronaves de países distintos, lançamentos de paraquedistas realizado por aviões de outras nações, entre outros exemplos. Esse é o cerne do intercâmbio de experiências, pois muitos dos militares que estarão operando aqui já atuaram em situações de conflito.

Essa é a primeira vez que treinamos o cenário de guerra não convencional na CRUZEX. Por que ele foi escolhido para esta edição?

As necessidades do Estado naturalmente evoluem com o passar do tempo. Nas missões de paz, por exemplo, já treinamos nossos meios terrestres, como ocorreu no Haiti. Nossos meios navais também foram treinados, como na missão do Líbano, em que o comandante é da Marinha do Brasil. Meios aéreos realizaram só missões de transporte. Agora, nós entramos em uma auditoria da ONU para utilizar outras aeronaves em missões de paz - no caso, o C-105 Amazonas, o H-6O Black Hawk e o A-29 Super Tucano. Essas aeronaves já estão pré-aprovadas para serem empregadas. Em uma necessidade, estamos prontos para operar. Então, o que nós vamos treinar na CRUZEX 2018 são ações ligadas a esse tipo de conflito, a guerra não convencional, que são bastante específicas. Nesses casos, o risco de dano colateral, ou seja, de atingir civis ou instalações não diretamente relacionadas ao conflito, é muito alto.

Por que investir em treinamento em um país pacífico, como o Brasil?

As Forças Armadas são do povo brasileiro. E, pelas características do nosso país, trata-se de muito mais de forças de defesa e não forças de ataque, que servem para garantir a defesa da Pátria e dos seus poderes constituídos. Essa é a nossa missão. E é pra isso que precisamos estar prontos; é para isso que estamos treinando aqui.

A FAB passou cinco anos sem realizar a CRUZEX. Por quê?

O que aconteceu entre a última edição, em 2013, e essa, em 2018, é que o país foi sede de grandes eventos. Tivemos a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e as Olimpíadas, em que houve um grande envolvimento das três Forças. Nós não dispúnhamos de meios suficientes para fazer um exercício das proporções de uma CRUZEX.

Entrevista: Tenente Gabrielli Dala Vechia

Fotos: Sargento Bianca Viol

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DIRINFRA marca presença na CRUZEX 2018

16 Novembro 2018 by Portugues 921 Views

Diretoria atuará especialmente no suporte de infraestrutura e em atividades de contraincêndio

A Diretoria de Infraestrutura da Aeronáutica (DIRINFRA) participa do Exercício Cruzeiro do Sul (CRUZEX), que será realizado em Natal (RN) de 18 a 30 de novembro, especialmente no suporte de infraestrutura e em atividades de contraincêndio.

Antes do início do exercício, a Diretoria foi responsável por diversas ações, como a Operação Camaleão, em que foi realizada toda a pintura do pátio, proporcionando a sinalização horizontal das vagas em que as aeronaves ficarão estacionadas; o sistema de aterramento, cuja função é proteger a carcaça da aeronave contra descargas atmosféricas; o treinamento de bombeiros para o manuseio de substâncias diferenciadas, como a hidrazina (combustível); e a montagem de onze hangaretes.

“Uma operação desse porte é uma oportunidade única dos países envolvidos trocarem informações, doutrinas e também de aperfeiçoarem a forma de agir em situações reais. E para nós, é uma honra apoiar em termos logísticos e técnicos, uma vez que este exercício operacional é o de maior vulto em que a FAB participa na América Latina”, destaca o Diretor de Infraestrutura da Aeronáutica, Major-Brigadeiro Sérgio de Matos Mello.

Durante a CRUZEX, por meio de sua Divisão de Contraincêndio, a DIRINFRA prestará todo o suporte relativo à proteção contraincêndio, fornecendo viaturas especiais para o amparo a eventuais emergências aeronáuticas, como os Carros Contra Incêndio (CCI) – veículos preparados para o combate a incêndios e o resgate em aeródromos.

Por meio da atuação de militares do seu efetivo, além dos pertencentes ao Sistema de Contraincêndio local, as equipes trabalharão diariamente para que o evento transcorra dentro das normas de segurança, conforme preconizado pela legislação vigente. Os militares também atuarão na prevenção de acidentes e limpeza das pistas para evitar a existência de objetos que possam trazer perigo à aviação.

A Diretoria de Infraestrutura da Aeronáutica tem como missão: planejar, normatizar e gerenciar atividades relacionadas ao patrimônio imobiliário, engenharia de campanha, gestão ambiental e contraincêndio.

Reportagem: Tenente Anelise da Silva

Edição: Tenente Emília Maria

Fotos: DIRINFRA

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Entenda como o Direito Internacional Humanitário é aplicado em exercícios operacionais

16 Novembro 2018 by Portugues 1766 Views

Aplicação de princípios como distinção, necessidade militar, limitação e proporcionalidade é observada em treinamentos como a CRUZEX

O Direito Internacional Humanitário (DIH), também conhecido como Direito Internacional dos Conflitos Armados (DICA), é o conjunto de normas acordadas no cenário internacional que organiza e orienta a ação militar dos signatários, quando em contexto de conflito. O Brasil assinou tratados multilaterais relacionados a essas questões. Os treinamentos militares, a exemplo do exercício operacional CRUZEX 2018, da Força Aérea Brasileira (FAB), são formatados levando-se em conta esses princípios.

O Coronel Aviador André Luiz dos Santos Caldeira, que realizou cursos e especializações na área de Direito Internacional na Itália e na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explica que os exercícios são organizados de acordo com os princípios da Distinção, da Necessidade Militar, da Limitação e da Proporcionalidade. “Todo o planejamento que realizamos para os exercícios leva em conta essas questões. É o aperfeiçoamento profissional do preparo e emprego do poder militar, no caso da Força Aérea, destaca-se o Poder Aéreo”, explicou o oficial, que atua no Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER).

Segundo o Coronel Caldeira, o Direito Internacional dos Conflitos Armados expressa o arcabouço normativo internacional, visando salvaguardar a vida daqueles que não estão diretamente relacionados ao conflito, agregando-se também a organização profissional dos meios e métodos para o emprego da Força Armada. “Dessa forma, os danos colaterais – aqueles que são inevitáveis – estarão diretamente ligados ao contexto do conflito”, explica.

O princípio da Distinção, segundo o militar, evidencia que os ataques devem se limitar estritamente aos objetivos militares - “alvos” - cuja destruição, total ou parcial, captura ou neutralização, ofereça uma efetiva vantagem militar em relação ao oponente. “A seleção de alvos passa por um processo criterioso de análise, levando-se em conta sempre os aspectos da distinção, considerando-se a relevância do alvo para o alcance dos resultados planejados para a missão”, detalha o coronel.

Outro princípio, o da Necessidade Militar, atrelado ao anterior, destaca a ideia de que “O poder militar é empregado contra os alvos devidamente selecionados e essenciais para o êxito das ações planejadas”, diz o oficial.

Já o princípio da Limitação se refere ao fato de que as partes beligerantes devem observar que nem todos os métodos e meios são viáveis em um conflito. Existem restrições, como por exemplo, o uso de armas químicas e biológicas.

Finalmente, há o princípio da Proporcionalidade, que está ligado ao dano colateral causado quando o alvo é atingido: a relação entre a necessidade de empregar o poder militar contra um determinado alvo, a forma como será feito e os danos causados são analisados à luz desse princípio.

O Coronel Caldeira explica que, mesmo em tempos de paz, o emprego do Poder Aéreo, em ações de manutenção da soberania do Espaço Aéreo Brasileiro, observa com critério a aplicação de todos os princípios. “As Forças Armadas Brasileiras, por intermédio de exercícios e manobras militares, estão, em todo tempo, consonantes com os princípios consolidados no cenário internacional, aprimorando e aperfeiçoando o preparo e emprego do poder militar, mantendo-se prontas e em condições de atuar em qualquer tipo de cenário”, afirma.

Reportagem: Tenente Gabrielli Dala Vechia

Fotos: Sargento Johnson e Soldado Wilhan Campos/CECOMSAER

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Esquadrões de comunicações e controle de todo o país mobilizam pessoal e equipamentos

13 Novembro 2018 1525 Views

Logística complexa para a CRUZEX 2018 envolveu transporte aéreo e terrestre para deslocamento de antenas, radares e militares

Todos os esquadrões do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) da Força Aérea Brasileira (FAB) foram mobilizados para ampliar a cobertura radar, aumentar a capacidade de comunicações entre as aeronaves, permitir a avaliação do combate em tempo real, entre outras atribuições, durante a CRUZEX 2018. Os cinco esquadrões deslocaram pessoal, radares, antenas e outros equipamentos para diversas cidades na Região Nordeste, envolvendo uma logística complexa de transporte aéreo e comboios terrestres - que durou mais de um mês.

O Esquadrão Profeta (1º/1º GCC), que fica localizado em Santa Cruz, no Rio de Janeiro (RJ), levou estruturas e pessoal para as cidades de Assú (RN), Natal (RN), Sousa (PB), Santa Terezinha (PE) e Recife (PE). Para isso, foi necessário que o C-130 Hercules realizasse duas viagens entre as capitais fluminense e potiguar, além dos deslocamentos terrestres para as cidades menores.

O Esquadrão Mangrulho (4º/1º GCC), de Santa Maria (RS), deslocou um radar do tipo TPS-B34M para a cidade de Caicó, no interior do Rio Grande do Norte. Durante a CRUZEX 2018, o equipamento terá como principal função proporcionar maior cobertura radar na região, amplificando a visualização dos tráfegos, que serão controlados pelo Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III), que fica em Recife (PE). Para o transporte do radar e outros equipamentos, também foi utilizada uma aeronave C-130 Hercules, que percorreu uma distância de mais de 4.000 km entre as localidades, a cada um dos quatro deslocamentos necessários.

O Esquadrão Morcego (3º/1º GCC) é sediado em Natal (RN), onde acontece a CRUZEX 2018. A unidade possui um Radar de Precisão de Aproximação, conhecido como PAR (sigla em inglês para Precision Approach Radar), cuja capacidade será aproveitada para o treinamento. Além disso, o esquadrão também montou uma estrutura de comunicações na cidade de Maxaranguape (RN), onde a FAB possui um estande de tiro aeronáutico.

Os outros dois esquadrões, Aranha (2º/1º GCC) e Zagal (5º/1º GCC), localizados, respectivamente, em Canoas (RS) e Porto Velho (RO), deslocaram militares para atuar no exercício.

Veja o infográfico:

Segundo o Comandante do 1º GCC, que é a unidade responsável por todos os esquadrões de comunicações e controle, Coronel Aviador Cyro Cruz, o papel das unidades é essencial para a execução e segurança das atividades aéreas durante a CRUZEX 2018. "A estrutura está pronta para o início do treinamento. O que estamos fazendo no exercício é cumprir a missão da nossa unidade: instalar operar e manter meios de detecção e comunicações em lugares onde muitas vezes são insuficientes e com quase nenhuma infraestrutura para uma demanda tão grande de voos de variados tipos, com diferentes performances e altitudes, tudo ao mesmo tempo. Também é uma excelente oportunidade para validar nossa capacidade em logística operacional, mobilizando equipamentos e pessoal do Grupo e seus cinco esquadrões, para o treinamento mais importante da Força Aérea nesse ano", disse.

Reportagem: Tenente Gabrielli Dala Vechia

Fotos: GCCs

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Comitiva da FAB visita localidades próximas a Natal (RN) para falar sobre a CRUZEX

13 Novembro 2018 1882 Views

Comunidade da região está sendo informada sobre a movimentação que acontecerá em novembro

Uma comitiva composta por 19 militares da Ala 10, unidade da Força Aérea sediada em Parnamirim (RN), visitou, na segunda-feira (5), a cidade de Pureza, na região leste do Rio Grande do Norte, onde está sediado o Estande de Tiro de Maxaranguape. A visita teve como objetivo preparar a população para a movimentação aérea e terrestre que ocorrerá no município durante o Cruzeiro do Sul Exercise (CRUZEX), que ocorrerá no período de 18 a 30 de novembro, na Ala 10 e em Maxaranguape.

Nas escolas das redes públicas estadual e municipal de Pureza foram realizadas palestras que explicaram aos professores e alunos sobre as atividades que ocorrerão no Estande. Os moradores ficaram sabendo, por exemplo, que todas as operações previstas seguem os protocolos de segurança de voo, nacionais e internacionais, para a aviação militar.

Uma das instituições visitadas foi a Escola Municipal Jarbas Passarinho, em que participaram das palestras os alunos de 11 turmas do 5º ao 9º ano do ensino fundamental. “Os militares foram muito bem recebidos, os alunos fizeram muitas perguntas e saíram bem informados. Agora eles estão tranquilos e curiosos, esperando o início dessa operação para ver as aeronaves passando no céu”, contou a Coordenadora Pedagógica, Francisca de Paula Batista Costa.

Na visita à Escola Estadual Maria Antonia, a aluna Renata Lopes de Araújo, de 10 anos, teve o primeiro contato com militares da FAB. “O pessoal da Aeronáutica foi muito legal, eles nos deram a revistinha que explica tudo o que eles fazem e falaram para a gente não se preocupar, porque os aviões que vão passar estarão no treinamento e que tudo é controlado por eles, que não tem nenhum perigo”, contou a estudante.

Além das escolas, foi realizada uma audiência pública na cidade, com a presença de representantes de organizações da sociedade civil, como as igrejas católica e evangélica, das Secretarias Municipais e Câmara Municipal. Também está sendo distribuído material informativo em escolas de Natal e Parnamirim, além das associações de moradores de Parmamirim, onde fica localizada a Ala 10, unidade da FAB que sediará a Operação.

Durante a operação, espera-se uma média de duzentos pousos e decolagens por dia, um movimento aéreo 2,5 vezes maior do que o registrado normalmente nos períodos de operação dos esquadrões sediados na Ala 10, além de lançamentos de paraquedistas. Por isso, a Força Aérea mobilizou uma equipe de militares, sob coordenação do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), para conversar com as comunidades de Natal, Parnamirim e Pureza e seus representantes, cidades diretamente envolvidas na CRUZEX.

"Sabemos que um exercício dessa dimensão modifica a rotina da região, com passagens de aeronaves de caça, helicópteros e lançamentos de paraquedistas, que foge do cotidiano dos moradores. Porém, o treinamento de proteção do espaço aéreo e o intercâmbio com as outras Forças proporcionam elevação do nível das capacidades da FAB", ressalta o Chefe da Divisão de Comunicação Corporativa do CECOMSAER, Coronel Aviador Rodrigo Fontes de Almeida.

Outras ações informativas à sociedade

Representantes dos poderes públicos municipais de Parnamirim, Natal e Pureza (RN), além das associações de moradores de Parnamirim participaram, nos dias 25 e 26 de outubro, de reuniões na Ala 10 sobre o exercício. Os visitantes assistiram a uma palestra sobre a CRUZEX e conheceram a área operacional da Ala 10.

Além de Natal, Parnamirim e Pureza, também estão sendo enviadas informações aos veículos de comunicação e formadores de opinião das cidades de Rio do Fogo, João Câmara, Caicó e Mossoró, no Rio Grande 

do Norte, e Souza, na Paraíba. Estas cidades estão inseridas nas áreas de sobrevoo de aeronaves durante a operação.

A movimentação dos mais de dois mil participantes poderá ser notada principalmente pelos moradores da região de Natal e Parnamirim, áreas que terão a atividade turística e o setor de serviços beneficiados, já que os visitantes ficarão hospedados fora das bases militares. O Exercício envolverá cerca de duas mil pessoas, das quais mil e setecentos militares visitantes, brasileiros e estrangeiros, que chegam à capital potiguar a partir do dia 15 de novembro.

Reportagem: Tenente Juliana Lopes

Edição: Tenente Emilia Maria

Fotos: Soldado Simplicio/Ala 10

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Conheça as aeronaves estrangeiras que vão participar do treinamento

08 Novembro 2018 1153 Views

Canadá, Chile, Estados Unidos, França, Peru e Uruguai vão trazer aeronaves para operar no país durante a CRUZEX 2018

A oitava edição do Cruzeiro do Sul Exercise, a CRUZEX 2018, maior exercício multinacional e conjunto realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB), reúne representantes de 14 países – sendo que sete deles irão participar não só com militares, mas também com aeronaves. No treinamento, que ocorre em Natal (RN), além do Brasil, também Canadá, Chile, Estados Unidos, França, Peru e Uruguai deslocarão aeronaves para o exercício.

Do Canadá, virão mais de 40 militares pertencentes à Força Aérea e ao Exército Canadense, para dar suporte ao cargueiro CC-130J Hercules - do 436 Esquadrão de Transporte. Entre as missões previstas para o avião durante a CRUZEX, está o lançamento de paraquedistas brasileiros.

Aeronave CC-130J, do Canadá

O país participou pela primeira vez do treinamento na última edição, em 2013, e a expectativa é de que os participantes possam validar seus conhecimentos e habilidades em um ambiente robusto e combinado, enquanto são construídas relações com outras nações. O Capitão Campos, da Força Aérea Canadense, explica que a CRUZEX reforça a capacidade do Canadá em contribuir para a segurança no exterior. “Nossa participação no treinamento promove um espírito de cooperação, compreensão e respeito mútuo entre as nações parceiras, ao mesmo tempo em
que possibilita o treinamento dinâmico em um país onde não voamos com frequência”, diz o militar canadense.

Reabastecedor KC-135, do Chile

A Força Aérea Chilena participa com cinco caças F-16 e um reabastecedor KC-135. A delegação, entre pilotos e equipes de manutenção, terá em torno de 90 militares, segundo explica o Coronel Pineda. Essa é a quarta vez
que o Chile participa da CRUZEX, assim como o Brasil costuma participar do Exercício Salitre, promovido pelos chilenos - sendo que o último foi em 2014. “Estamos muito interessados em atualizar nossas táticas, validá-las, e em aumentar nosso nível de interoperabilidade, além de reforçar os laços com as Forças Aéreas de nações amigas”, avalia o Coronel Pineda.

Caça F-16, dos Estados Unidos

Os Estados Unidos participam com aproximadamente 130 militares, um reabastecedor KC-135 e seis caças F-16. O Tenente-Coronel Dennen, da Força Aérea dos Estados Unidos, explica que, no cenário internacional contemporâneo, um país, isoladamente, não consegue resultados. Por isso, é preciso trabalhar em conjunto.
“Este exercício é o maior e melhor desse tipo na América do Sul. Não há nada parecido, não podemos deixar passar essa oportunidade. Todos os participantes terão ganhos operacionais. Hoje em dia não se realiza uma missão de paz sozinho: as relações de interoperabilidade entre os países são chave para fazer do mundo um lugar melhor, mais estável, mais capaz de enfrentar os problemas”, diz.

Aeronave de transporte C-235, da FrançaA França irá trazer uma aeronave C-235, que fica baseada na Guiana Francesa. O avião treinará ações de transporte aéreo em conjunto com os brasileiros, participando dos chamados “COMAOs”, sigla em inglês para Composite Air Operations, em que um pacote de diversas aeronaves, de naturezas distintas, decolam em sequência para - em tempo e espaço limitados - realizar missões com objetivos comuns ou complementares. “É importante aprimorar a interoperabilidade entre os países, para que o profissionalismo seja nivelado, pensando, especialmente, na possibilidade de algum futuro engajamento conjunto em missões de paz”, avalia o Coronel Orlianges, da Força Aérea Francesa.

Caça Mirage 2000, do Peru

O Peru, embora já tenha participado da CRUZEX com observadores militares, trará aeronaves pela primeira vez nesta edição do exercício. São quatro caças A-37B e quatro caças Mirage 2000, com uma comitiva que gira em torno de cem militares. “A CRUZEX será nossa primeira grande participação em um evento internacional desse tipo. Nós esperamos mostrar à América do Sul, ao mundo, que nós somos uma Força Aérea preparada e temos um alto nível profissional, além de aprender muito, especialmente com o Brasil, que tem grande experiência com a organização deste treinamento”, afirma o Tenente-Coronel Obergoso.

Caça A-37, do UruguaiO Uruguai, que irá se deslocar para a CRUZEX 2018 com quatro caças A-37 e aproximadamente 30 militares, já atuou em conjunto com a FAB em treinamentos anteriores, segundo o Coronel Parentini. “Trata-se de uma ótima
experiência para compartilhar expertises entre os participantes. É a chance de vermos como as outras Forças Aéreas atuam, trabalhar em conjunto e tentar voar da forma mais efetiva e segura possível”, explica.

Além desses países, Alemanha, Índia, Bolívia, Portugual, Suécia, Reino Unido e Venezuela também irão participar da CRUZEX 2018, porém sem o deslocamento de aeronaves.

 Reportagem: Tenente Gabrielli Dala Vechia

Fotos: Arquivo FAB e demais Forças

 

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CRUZEX 2018 - A GUERRA É SIMULADA, O TREINAMENTO É REAL!

05 Novembro 2018 by Portugues 1263 Views

A nova edição da revista da Força Aérea Brasileira - Aerovisão - já está disponível online em formato bilíngüe (português e inglês). A publicação apresenta os bastidores e as expectativas do Exercício CRUZEX. A revista traz ainda informações sobre o 50º aniversário do avião Bandeirante, que impulsionou a indústria aeronáutica brasileira - hoje uma das maiores do mundo. A entrevistada desta edição é a Sra. Simonetta Di Pippo, diretora do Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior. Ela fala sobre o potencial do Brasil no setor espacial e as possibilidades de parcerias internacionais para o desenvolvimento mútuo.

 

 

 

 

 

 

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