Ir direto para menu de acessibilidade.
Portal do Governo Brasileiro
Página inicial > Slideshow > 20 DE OUTUBRO - DIA DO ARQUIVISTA
Início do conteúdo da página

No dia 20 de outubro, comemora-se o Dia do Arquivista. Esta data possui um significado histórico e cultural para a memória desse profissional: Em 1823, o deputado Pedro de Araújo Lima, futuro Marquês de Olinda, apresentou a proposta para a criação do primeiro Arquivo Público do Brasil, todavia, somente em 25 de março de 1824 o projeto foi acolhido pela Constituição do Império; analogicamente, a Associação dos Arquivistas Brasileiros – AAB foi inaugurada no dia 20 de outubro de 1971. A definição das competências do arquivista no Brasil foi instituída por intermédio da Lei nº 6.546, de 4 de julho de 1978 e regulamentada pelo Decreto 82.590, de 6 de novembro de 1978.

Desvendando a Arquivologia e o papel do Arquivista

 

            Segundo o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística,  a  Arquivologia,

também chamada de arquivística, “é a disciplina que estuda as funções do arquivo  e  os

princípios e técnicas a serem observados na produção, organização, guarda, preservação e utilização dos arquivos”.

            Há inúmeras definições para identificar o trabalho do Arquivista;  segundo sítio da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO, “é um profissional polivalente. Ele precisa ter um conhecimento, ao mesmo tempo, amplo e específico, para assim dar conta do tratamento das informações contidas nos registros documentais produzidos pelas inúmeras atividades da sociedade. O arquivista deverá ser capaz de gerenciar a informação produzida em função das atividades de organizações públicas e privadas e de pessoas físicas, registradas em qualquer suporte ou formato. Deverá, ainda, ser capaz de planejar, organizar e coordenar projetos, serviços e instituições arquivísticas. Para atender a demanda cada vez maior de uma sociedade em que as estruturas de comunicação e informação são referências centrais. O arquivista deve buscar apoio nas tecnologias de informação e no conhecimento de outros Idiomas. De uma forma em geral, esse profissional é o responsável por cuidar, organizar e controlar diversos acervos e documentos (por exemplo, contas, cadastros ou fichas) de cunho privado, público e/ou pessoal”.

           

A importância da Gestão Documental      

 

 O progresso da ciência,  o  surgimento  de  inovações  tecnológicas  e  o  grande

volume de documentos culminaram na necessidade de medidas administrativas voltadas ao gerenciamento de arquivos, ou seja, a gestão documental, pois é por meio  dela  que o elemento essencial do documento, a informação, pode ser recuperada de forma rápida, econômica e  eficaz,  otimizando,  assim,  os  recursos  humanos,  materiais  e  físicos  e interferindo positivamente na organização e na administração de arquivos.

            Segundo   a   Lei   nº   8.159/1991   (Lei  de  Arquivos),  considera-se  gestão  de

documentos o “conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em  fase  corrente  e  intermediária,

 visando a sua eliminação ou ao recolhimento para guarda permanente”.

 

            No Brasil, o Arquivo Nacional, criado em 1838, é o órgão central do Sistema de

Gestão de Documentos de Arquivos - SIGA, da Administração Pública Federal, integrante da estrutura do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Tem por finalidade precípua implementar e acompanhar a Política Nacional de Arquivos, definida pelo seu órgão colegiado, o Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ), por meio da gestão, do recolhimento, do tratamento técnico, da preservação e da divulgação do patrimônio documental do País, garantindo pleno acesso à informação, visando a apoiar as decisões governamentais de caráter político-administrativo, o cidadão na defesa de seus direitos e  incentivar a produção de conhecimento científico e cultural.

 

O Comando da Aeronáutica quanto à Gestão de Documentos

 

            Conforme preconiza a DCA 14-6/2003 "Política Específica de Documentação da Aeronáutica", é atribuída a este Centro de Documentação a administração do universo da documentação no âmbito do COMAER, sobre cujas atividades ele atua de forma contínua e diversificada, sendo a interface entre todas as Organizações do Comando e o  CONARQ, dentro do contexto da Administração Pública Federal.

            Já a Portaria nº 171/GC3, de 25 de janeiro de 2017, que reformulou o Sistema de

Documentação do Comando da Aeronáutica (SISDOC), informa que, ao CENDOC, como Órgão Central do Sistema, cabe propor e manter atualizada a Política Específica de Documentação da Aeronáutica, bem como vincula o SISDOC ao Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo (SIGA), organizado pelo Decreto nº 4.915, de 12 de dezembro de 2003, para o cumprimento dos objetivos desse Sistema no âmbito do COMAER.

            A Portaria do  SISDOC,  em  seu  artigo  4º,  parágrafo  1º,  elenca  os  seus  elos

primordiais na área da documentação arquivística, especialmente aqueles voltados para o Apoio Administrativo, responsáveis pela assessoria técnica e pela difusão das orientações de gestão documental às suas unidades apoiadas, por meio dos profissionais arquivistas lotados precipuamente nos Grupamentos de Apoio.

            Por  fim,  este  Centro  ressalta   que   o   trato   de   documentos   de   arquivo   é

referenciado em diversas legislações, inclusive quanto à responsabilização do poder público e de seus agentes, como se verifica na Lei de Arquivos supracitada, na Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que alude aos crimes contra o Patrimônio Cultural, e mais recentemente na Lei de Acesso à Informação (LAI) e no Decreto que a regulamenta (nº 12.527/2011 e nº 7.724/2012, respectivamente).

           

Breve histórico dos Arquivistas no Comando da Aeronáutica

 

Historicamente, a inserção do militar Arquivista ocorreu través do Decreto nº 86.325, de primeiro de setembro de 1981, o qual regulamenta a Lei nº 6.924, de 29 de junho de 1981, que cria no Ministério da Aeronáutica o Corpo Feminino da Reserva da Aeronáutica – CFRA; o CFRA era composto pelo Quadro Feminino de Oficiais da Reserva da Aeronáutica – QFO e pelo Quadro Feminino de Graduados da Reserva da Aeronáutica – QFG. Assim sendo, o então Ministério da Aeronáutica passa a ter em suas fileiras as primeiras militares cuja formação profissional era em Arquivologia, sendo em nível superior – QFO e em nível técnico - QFG.

 

 

 

Posteriormente, o Quadro Complementar de Oficiais da Aeronáutica - QCOA  também incluiu como interesse a especialidade em Arquivologia. Atualmente, o Comando da Aeronáutica é suprido tão somente por profissionais Arquivistas provenientes do Quadro de Oficiais da Reserva de 2ª Classe Convocados (QOCon).

 

Autor: 1T QOEA SVA CRISTINA BOTELHO FERNANDES

Fonte: Divisão de Documentação do CENDOC e Seção de Arquivo Permanente

 

Fim do conteúdo da página